A condição de melhor equipe da fase classificatória mantém o Azulão com a vantagem de decidir o título em casa, jogando pelo empate. Ao contrário das quartas e da semi, a final será em duas partidas. A primeira ocorre em 16 de dezembro (domingo), na Arena da Baixada (Curitiba). O segundo jogo será dia 23 (também domingo), no Anacleto Campanella (São Caetano).
A vitória sobre o Galo já garantiu ao Azulão vaga nas edições de 2002 da Copa Libertadores e do Torneio Rio-São Paulo – pois o Botafogo de Ribeirão Preto caiu para a segunda divisão no Nacional. Assim, o São Caetano deixará o esvaziado Campeonato Paulista de 2002 para se juntar à 'elite' da Liga SP-RJ no renovado e valorizado campeonato regional.
Aguaceiro - Uma chuva torrencial caiu sobre São Caetano na hora da partida e mudou totalmente o panorama da semifinal. O gramado encharcou e o futebol ficou impraticável. As duas equipes, famosas pela ênfase no toque de bola ofensivo, tiveram de deixar as jogadas trabalhadas de lado e apelar para a base do chutão. Os três gols da partida nasceram de bola parada. Os dois do São Caetano foram de cabeça.
Antes de a chuva estragar o espetáculo, o Atlético Mineiro jogou melhor. Marcava forte no meio e articulava jogadas perigosas no ataque, principalmente com Marques e Ramón. O São Caetano custou a se achar em campo, não conseguindo escapar da marcação atleticana.
O Galo abriu o placar aos 18 do primeiro tempo, ainda com o gramado em condições de jogo. Ramón cobrou falta e alçou a bola na área. A defesa do Azulão rebateu mal e Valdo, livre de marcação, aproveitou o rebote chutando cruzado para o gol de Sílvio Luiz.
O aguaceiro chegou forte logo depois do gol atleticano e atrapalhou o toque de bola das duas equipes. Mesmo em um cenário adverso, o São Caetano conseguiu o empate. Aos 29, Mancini levantou a bola na área e Magrão subiu mais alto do que a zaga mineira, cabeceando no canto esquerdo de Velloso. O empate chegou ‘na hora certa’, pois a chuva continuou a castigar o gramado do Anacleto e as condições de jogo foram desaparecendo cada vez mais.
Todo o restante do primeiro tempo e a segunda etapa foram praticamente iguais. Sem qualquer condição de desempenhar um futebol técnico, Azulão e Galo jogaram na base da garra e da disposição. Mas os chutões e carrinhos aumentaram a dramaticidade e a emoção do jogo. O técnico do Atlético, Levir Culpi, insistiu com o juiz Carlos Eugênio Simon (RS) para que a partida fosse paralisada antes da metade do segundo tempo. O árbitro gaúcho não deu ouvidos e a bola continuou rolando. Ou melhor, nadando.
O gol da virada saiu da maneira mais provável em um gramado sem condições de jogo: de cabeça, após lance de bola parada. Aos 34, Esquerdinha cobrou escanteio e Magrão subiu para cabecear. A bola pegou na trave esquerda antes de ultrapassar a linha de gol, vencendo Velloso.
Depois do segundo gol, o Atlético Mineiro tentou apertar a pressão. Mas parou na defesa do São Caetano, que não economizou nos chutões para segurar o resultado. Após dois minutos de desconto, Simon apitou o final do jogo e deu início à festa do Azulão no ABC.
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