O Grupo Gay da Bahia (GGB) reclamou nesta terça-feira que o técnico da Seleção Brasileira de Futebol, Luiz Felipe Scolari, se demonstrou preconceituoso com relação aos homossexuais em uma entrevista ao jornal mexicano Crônica Hoy. De acordo com o GGB, Felipão teria dito que não se sentiu bem quando trabalho no Kuwait, por não gostar de ver tantos gays. Além disso, os homossexuais afirmaram que Scolari também teria declarado que se descobrisse que um jogador da equipe é gay, logo mandaria embora.

Para o diretor do GGB e editor do jornal Homo Sapiens, Marcelo Cerqueira, a postura do treinador da equipe que perdeu por 2 a 0 na partida de segunda-feira contra Honduras é motivo de abertura de inquérito pela Polícia Federal. Cerqueira ressaltou que a Constituição diz que qualquer tipo de discriminação é crime e que essa atitude do dirigente da Seleção Brasileira, de excluir um jogador pelo fato de ser homossexual, é inaceitável. “O que vale é a competência e não o que ele faz na cama”, comentou.

Já o presidente do grupo, o antropólogo Luiz Mott, lembrou que psicólogos garantem que a pessoa que se incomoda com a presença de gays é porque, no fundo, pode ter sérios problemas quanto à própria sexualidade".