Espera apenas a repercussão dos acordos de exportações fechados com o México e a recente mudança do IPI, reduzido em julho. O assunto foi discutido durante o seminário As Novas Tendências da Indústria Automobilística, realizado nesta segunda em São Paulo pela Sociedade dos Engenheiros Automotivos.
O presidente da Ford, Antônio Maciel Neto, espera a elevação da participação de mercado da marca, mas acredita que o mercado não deve ultrapassar a venda de 1,5 milhão de unidades neste ano. O diretor de assuntos institucionais da GM, Luiz Moan Yabiku Jr., reforçou as previsões da montadora, que em abril apontou para vendas iguais ou menores do que 1,5 milhão. O vice-presidente de operações da Volkswagen, Carlos Alberto Salin, também aderiu à nova projeção.
Os executivos divergem apenas quando o assunto são as projeções de crescimento para 2003. Moan afirmou que, em função do fraco desempenho neste ano, as vendas tendem a ter crescimento mais expressivo em 2003, em torno de 10%. Salin, da Volkswagen, não acredita. “Não prevemos nenhum crescimento importante no mercado interno em 2003. Se houver, será de no máximo 3%.”
A redução do ritmo das vendas internas parece evidente também nas autopeças. O presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores, Paulo Butori, disse que o setor deverá sofrer uma redução de 20% no faturamento este ano por causa da queda nas vendas da indústria automobilística. O valor deverá passar, então, dos R$ 11,4 bilhões do ano passado para R$ 10 bilhões.
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