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Aplicação financeira exige planejamento
Carolina Rodriguez
Do Diário do Grande ABC
05/05/2001 | 18:07
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  O investidor que está pensando em mudar de aplicação – ou aquele que está começando agora – deve tomar alguns cuidados antes de definir em qual modalidade irá aplicar seu dinheiro. O primeiro passo é identificar se o seu perfil é conservador ou agressivo. Segundo o economista membro do Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon) Ibrahin João Elias, as pessoas que buscam rentabilidade e segurança devem optar por aplicações como poupança, CDBs ou renda fixa.

Os investidores agressivos, que assumem riscos, podem aplicar em ações ou fundos derivativos. Neste caso, o economista aconselha a ajuda de especialistas. “São aplicações que exigem um certo conhecimento do mercado por parte do investidor. Para se conseguir a rentabilidade desejada, é preciso investir nas modalidades certas no momento certo.”

Quanto ao dólar, a dica é evitar a compra da moeda norte-americana agora. Na opinião de Elias, o câmbio alcançou patamares altíssimos, mas não sustentáveis, e a tendência é que o dólar volte a cair nas próximas semanas.

Por conta deste cenário, os fundos cambiais, atrelados à variação da moeda norte-americana, também devem ser evitados.

Sobre títulos de capitalização, que oferecem rendimentos iguais ao da poupança e ainda distribuem prêmios aos associados, o economista afirmou que são “jogadas de marketing das empresas”. “Os sorteios são usados como atrativos, mas muitas vezes o rendimento é menor do que da poupança.”

Para Elias, o melhor investimento que uma pessoa pode fazer ainda é não contrair dívidas, principalmente no cartão de crédito e cheque especial. Segundo ele, os juros cobrados nestes produtos são altos e prejudicam diretamente o bolso do investidor.

Por conta da instabilidade da taxa básica de juros da economia, a Selic – que foi elevada nos últimos dois meses –, os investidores que optarem pela poupança, CDB ou renda fixa devem ficar atentos às condições de cada aplicação, ou seja, se a taxa de juros é fixa ou variável.

Segundo Elias, quem optar por uma modalidade pré-fixada corre o risco de perder rendimentos se as taxas subirem novamente nos próximos meses. Em contrapartida, quem preferir a pós-fixada pode perder se os juros voltarem a cair. “É um risco que o investidor corre. Quem acredita na queda dos juros pode investir no pré-fixado a curto prazo e ganhar em rentabilidade. Agora, quem aposta na manutenção de alta deve partir para os variáveis e rezar para que a taxa não caia”, afirmou.




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