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Duas são presas por golpe do 'Boa noite, Cinderela'
Evandro De Marco
Do Diário do Grande ABC
24/03/2010 | 08:05
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A polícia prendeu na manhã de ontem duas mulheres acusadas de aplicar o golpe conhecido como Boa noite, Cinderela, em que as vítimas são dopadas com calmantes para que criminosos atuem enquanto elas dormem. Uma das detidas é suspeita de participação na morte de um rapaz no mês passado.

Investigadores do 1º Distrito Policial de Mauá chegaram a Roseneide Cardoso, 28 anos, e Maria Olileide Possidonio, 37, com a ajuda de um rapaz que foi vítima do golpe. Segundo a polícia, no sábado, os três se conheceram em um salão de baile da cidade. Depois de beber no local, a vítima convidou Roseneide e Maria para irem à sua casa.

Na residência, eles continuaram a ingerir bebidas alcoólicas, e o rapaz dormiu. Quando acordou, a casa estava revirada, e vários objetos, como televisão, aparelho de DVD e computador, tinham desaparecido.

Enquanto a vítima estava desacordada, a dupla chamou um táxi e colocou os produtos no carro. A viagem terminou na casa de Maria, no bairro Cerqueira Leite, diz a polícia.

COINCIDÊNCIA - Na noite de segunda-feira, por coincidência, o rapaz tomou o mesmo táxi que as acusadas, e o motorista comentou que havia ido àquela residência na madrugada do dia anterior para pegar uma mudança.

Sabendo do ocorrido, o taxista levou a polícia até a casa de Maria, onde quase tudo que foi levado acabou recuperado e devolvido ao rapaz. Ainda foram apreendidas seis cartelas do medicamento Rivotril - calmante de uso controlado -, que era colocado na bebida das vítimas para dopá-las.

HOMICÍDIO - Roseneide mora em uma casa no Jardim Zaíra, onde os policiais encontraram outros pertences de vítimas, como 12 telefones celulares, um aparelho de som e outro de DVD.

Porém, o que mais chamou a atenção dos investigadores foi um cartão de Bilhete Único na bolsa de Roseneide. Ele pertencia a um homem encontrado morto no início do mês passado no banco de uma praça do Jardim Rosina, na região central da cidade. Segundo a polícia, Roseneide teria dopado esta vítima, que passou mal depois de ingerir o remédio.

A dupla teve a prisão temporária decretada pela Justiça e deve permanecer presa até o fim das investigações.

De acordo com a polícia, Roseneide e Maria Olileide - que já tinha passagem por roubo - confessaram na delegacia a prática de vários golpes semelhantes nos últimos meses. A dupla disse ter agido na Capital e em quase todas as cidades da região. "As duas foram indiciadas por roubo e uma delas (Roseneide) pode ser enquandrada no latrocínio (roubo seguido de morte) se for comprovado que a morte de uma das vítimas teve a ver com o medicamento ingerido por ela", explica o delegado Marco Aurélio Gonçalves, assistente do 1º DP.




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