Economia Titulo Seu bolso
Bacalhau custa mais caro no Grande ABC
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
20/12/2011 | 07:14
Compartilhar notícia
Marina Brandão/DGABC


 

Os consumidores do Grande ABC vão pagar mais para ter bacalhau como um dos pratos principais da ceia do fim do ano. Enquanto o preço médio verificado pela Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André é R$ 28,11, pesquisa feita pela Fundação Getulio Vargas mostra que a média em sete capitais é R$ 25,24. A variação chega a 11,37%.

A maior diferença de preço fica com o tipo ling. Enquanto na região são cobrados R$ 28,67 pelo quilo do peixe, o valor médio no País divulgado ontem pela FGV foi de R$ 21,69. São 32,18% de diferença no valor. Na variedade zarbo, o preço também é mais salgado nas sete cidades, custando R$ 23,81. A média nacional é R$ 21,52, variação de 10,64%.

Em relação ao tipo porto, considerado o mais nobre, é encontrado nos supermercados e sacolão pesquisados pela Craisa por R$ 39,49. Já no estudo da FGV, o consumidor das cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador, Porto Alegre e Brasília desembolsa R$ 37,67, ou 4,47% a menos. A única variedade mais em conta por aqui é o saithe, vendido em média por R$ 20,48, enquanto o preço médio nacional é R$ 20,70, só 1% mais barato.

No sacolão da Craisa, o quilo do bacalhau do porto é vendido por R$ 39,80. A variação é 14,36% maior quando comparada ao ano passado, quando o produto era comercializado por R$ 34,80 na peixaria. Segundo a administração do estabelecimento, a procura pelo peixe ainda é pequena, devendo aumentar com a proximidade da festa de Ano-Novo.

ECONOMIA - Para fugir dos preços mais caros, a dica é que o consumidor pesquise o valor do produto em ao menos três lojas. Em Santo André, por exemplo, o tipo porto foi encontrado pela Craisa por R$ 34,90 em um hipermercado no Parque Novo Oratório. No Centro, uma loja vendia o quilo por R$ 45,79. A diferença é de 31,20%.

Em São Caetano, dois hipermercados, sendo um no bairro Fundação e outro no Centro cobram R$ 36,90 pelo quilo da variação porto. Na Vila Barcelona, um concorrente vende a mesma quantidade do peixe por R$ 45,79. A Craisa fez a pesquisa na primeira semana deste mês.

 

Saiba as diferenças entre os quatro tipos dos peixes

Apesar do bacalhau estar entre as principais opções da ceia de Ano-Novo, as diferenças entre os tipos não são muito conhecidas pelos consumidores. Além do preço, cada uma das variedades (porto, saithe, zarbo e ling) também é recomendada para determinadas receitas.

O bacalhau do Porto Cod Gadus Morhua é o mais nobre. Pescado no Atlântico Norte, tem postas altas, largas, coloração palha e uniforme quando salgado e seco. Após ser cozido, a carne se desfaz em lascas claras e tenras. A diferença do Cod Gadus Macrocephalus é a coloração levemente mais branca. Esse não se desfaz facilmente em lascas e pode ser usado como recheio de tortas.

Já o Saithe tem coloração menos clara e sabor forte. Macio, é indicado para saladas, risotos e bolinhos. O tipo zarbo possui textura mais firme e clara. É recomendado para receitas com desfiados, caldos, pirões e bolinhos. O ling, por fim, é o considerado com melhor carne para fazer bolinhos, refogados e grelhados.

 

Produtos da ceia natalina estão até 6% mais salgados

Pesquisa feita pela Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André mostra que a cesta natalina teve alta de 6% em relação ao ano passado. Nos supermercados do Grande ABC, considerando conjunto de produtos pesquisados, o preço dos itens subiu de R$ 419,46 para R$ 444,49 no período de um ano.

Produtos como panetones, as aves e a castanha-do-pará tiveram a maior alta. Entre o Natal de 2009 e deste ano, os tradicionais pães vendidos na embalagem de 500 gramas subiram 20,32%, saindo de R$ 9,79 para R$ 11,78. O quilo do peru temperado que há dois anos era comercializado por R$ 8,42, agora custa R$ 11,18.

Espumantes e sidras para brindar o Natal e Ano-Novo também não escaparam da inflação. As garrafas que custavam R$ 5,45 são vendidas agora por R$ 6,24, ou seja, o consumidor da região desembolsa 14% a mais neste ano para comprar o espumante. No caso das sidras, o preço médio subiu de R$ 5,09 para R$ 6,02, ficando 18% mais cara.

 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;