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Cadastro positivo gera R$ 1 tri no País
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
21/04/2010 | 07:00
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A aprovação e implantação do Cadastro Positivo geraria injeção de, aproximadamente, R$ 1 trilhão na economia nacional, afirmou o presidente da unidade de negócios pessoa física da Serasa Experian, Laércio de Oliveira Pinto.

De acordo com o executivo, o mecanismo que apontará o histórico de inadimplência do consumidor para as empresas e que tramita no Congresso proporcionaria a "inclusão de 19,7% da população não atendida pelo sistema financeiro nacional ao crédito". Ele estimou que o percentual representa, aproximadamente, 26 milhões de pessoas, o que levaria à injeção do montante.

A declaração ocorreu ontem durante palestra promovida pela Serasa e a Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento). Oliveira Pinto afirmou que a inclusão aconteceria porque, com o Cadastro Positivo, as instituições financeiras teriam um mapeamento completo dos tomadores de empréstimo. Assim, seria possível analisar melhor o risco, resultando em queda de inadimplência de até 45%. Porém, destacou que o resultado depende da velocidade em que as instituições aderirem novo sistema.

APROVAÇÃO - O executivo prevê, no entanto, que o sistema não será aprovado no Congresso neste ano. Ele diz que por se tratar de período pré-eleitoral, não haverá atenção suficiente para que o projeto seja instituído pelos políticos.

O diretor da de crédito e cobrança na área de imóveis e veículos do Itaú Unibanco, Marcos Vanderlei Ferreira, afirmou que "o grande ganho seria a queda na inadimplência". "Assim seremos muito acertivos na precificação", disse o executivo completando que está de acordo com a implantação do mecanismo. "Acredito e sou um dos favoráveis a isso."

CARTÕES - O presidente da Acrefi, Adalberto Savioli, explicou que no Brasil, existem dois perfis de usuários de cartões de crédito e que um deles prejudica o custo do produto para o outro. "Temos aqueles que usam muito bem, que paga as dívidas em 40 dias. E temos aqueles que pagam só os mínimos, utilizam o cartão para sacar dinheiro, pagam o rotativo. E por causa deles, todos pagam mais", pontuou.

Ele explicou que quanto maior o risco de inadimplência no serviço, maior será a taxa de juros cobrada a todos os usuários.




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