O presidente da União das Vilas da Região do Grande Alvarenga e membro do Subcomitê da Represa Billings, Raimundo Barbosa de Souza, 52 anos, critica a fiscalização da Emae, empresa estadual proprietária da área invadida. “Já denunciei esse problema na reunião do Subcomitê, no último dia 28, e os representantes da empresa falaram que não poderiam fazer nada. Estão sendo omissos. A própria Emae tem um programa de recuperação em uma área próxima. Dessa forma, como pode convencer os moradores de fazer lá calçadas ecológicas?”, indagou.
Invasões – O terreno já tem um histórico de invasões, o que exigiu uma intervenção da Prefeitura de São Bernardo, que realocou parte dos moradores em conjuntos habitacionais no município. De acordo com a assessoria de imprensa de Prefeitura de São Bernardo, em 1998, a Secretaria Municipal de Habitação e Meio Ambiente providenciou a transferência de 160 famílias do terreno para o Conjunto Habitacional Billings, no Jardim Selecta. Em 1999, foram transferidas mais 240 famílias para o Conjunto Habitacional Serra do Mar, no Jardim Santo Ignácio. E no ano passado, foram mais 160.
Mas ainda há remanescentes da última desocupação. A dona de casa Celina Lima dos Santos, 37 anos, integra esse grupo. Ela e o marido compraram o barraco em 1996 de outra pessoa. “Ninguém (autoridade) veio mais falar com a minha família, depois que as últimas famílias mudaram daqui, entre elas, minha mãe”, comentou. O número de cadastro da Prefeitura ainda está estampado na fachada de sua casa até hoje.
As delimitações da área também não são precisas, porque só uma pequena placa com a sigla da Emae é encontrada no meio da vegetação. A assessoria de imprensa da Emae informou no final da tarde desta segunda que ainda não tinha um posicionamento de sua equipe técnica a respeito.
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