Após várias idas e vindas do Hospital Nardini (Mauá), um pedreiro morreu durante atendimento médico – recebido por aproximadamente cinco horas – no setor de emergência. Milton de Almeida Santos, 48 anos, sofria de problemas cardíacos e há dois dias apresentava sintomas como falta de ar, tontura e náuseas, segundo familiares. A família alega “omissão de socorro”. Na terça-feira, o pedreiro passou pelo pronto-socorro do hospital três vezes e os médicos, mesmo vendo o estado em que ele se encontrava, mandava-o para casa.

Há dois meses, Santos sofreu um enfarto e ficou internado no hospital por oito dias. Na época, segundo uma das irmãs da vítima, Zeneide de Almeida Santos, 27 anos, ele foi atendido prontamente. “Tivemos de ficar em cima dos médicos, mas correu tudo bem”, disse. Na última segunda-feira, o pedreiro tinha uma consulta com o cardiologista Daniel Fernando Sampaio. O médico solicitou um eletrocardiograma e trocou os remédios, já que o paciente estava com muita falta de ar. “Ele começou a tomar outros comprimidos, mas não adiantou. Na terça-feira, voltou para o hospital às 12h. O médico pediu outros exames, mas, segundo ele, não tinha acusado nada e meu irmão voltou para casa. À noite, ele teve de ir para o hospital porque não melhorava e não voltou mais”, disse outra irmã de Santos, Zenaide de Almeida Santos, 45 anos.

A assessoria de imprensa da Prefeitura, por meio de uma nota oficial, informou que a diretoria do Hospital Nardini vai abrir uma sindicância interna para apurar o caso. Se ficar caracterizado algum tipo de falha médica, após o fim das investigações, o hospital tomará as medidas cabíveis. Além disso, profissionais que integram a diretoria ficam à disposição para conversar com a família do paciente para mantê-la informada sobre o assunto.