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Fãs do pebolim profissionalizam disputa
Thiago Bassan
Do Diário do Grande ABC
29/10/2011 | 07:45
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Edmilson Magalhães/DGABC


Criado há mais de 80 anos e até hoje motivo de discussões entre espanhóis e alemães pelo mérito da criação, o pebolim atravessa gerações e conquista adeptos a todo momento. Com adaptações, a modalidade ganhou caráter profissional e hoje possui diversos campeonatos pelo planeta.

No Brasil, os amantes do jogo tratam do assunto com seriedade e realizam o Campeonato Brasileiro, que neste ano está em sua quarta edição.

O torneio, criado pela Associação Brasileira de Pebolim, será realizado hoje e amanhã, em Santos, onde se encontrarão praticantes de diversos cantos do Brasil, como Paraná, Espírito Santo, além de estrangeiros, como bolivianos e argentinos.

O Grande ABC conta com participantes no torneio. Charles Gomes, de São Bernardo, disputa a categoria duplas e a individual. Edimar Gandine, também de São Bernardo, e Danilo Lotes, de São Caetano, são os outros representantes da região.

"Teremos um campeonato muito equilibrado. As duplas se enfrentam no sábado (hoje), e no domingo (amanhã), acontece a disputa individual, além da categoria feminina", explicou Gomes.

Os melhores classificados do Campeonato Brasileiro garantem vaga para o Mundial da categoria, que será disputado em janeiro, na França. Antes, em novembro, acontece o Campeonato Paulista.

A ABP permite a inscrição de qualquer pessoa que pratique a modalidade. A única restrição é que o atleta tenha mais que 9 anos de idade. "É democrático. Quem quiser pode participar dos campeonatos oficiais", contou Gomes.

As regras do torneio oficial não diferem muito das utilizadas normalmente em qualquer partida. Cada jogador tem o limite de 15 segundos para permanecer com a bola no ferro que segura os jogadores.

Outra mudança é em relação ao campo de jogo. As mesas oficiais, obrigatoriamente, devem ter nível reto, ao contrário das mesas encontradas em bares, por exemplo, em que o nível é caído. Tal medida permite aos jogadores criarem muitas jogadas.

História mostra criação confusa da modalidade no século 20

Ferido durante a Guerra Civil em 1936, o galego Alexandre Finisterre teria inventado o pebolim duante sua recuperação, no hospital em que ficou internado, em Monteserrat, onde conheceu crianças que não tinham condições de jogar futebol. Porém, após a onda fascista em 1937, Finisterre perdeu os papéis que demonstravam sua criação. Exilado para a América do Sul, ele inovou criando barras de aço entre os jogadores.

Mas, na década de 1960, o esporte já era conhecido na Espanha, que se considera autora da ideia. Os alemães, porém, contestam. Para eles, o pebolim foi criado por Broto Wachter, que teria comercializado mesa em 1930.

No Brasil, o pebolim tem diversos nomes. No Rio de Janeiro é conhecido como Totó. No Rio Grande do Sul, ganhou o nome de Fla-Flu. E, em São Paulo, também recebe a alcunha de pebolim.




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