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Estado não tem como identificar danos psiquiátricos em professores
Elaine Granconato
Do Diário do Grande ABC
01/12/2003 | 21:16
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As secretarias estaduais de Educação e de Saúde não têm uma política pública para identificar a origem dos problemas psiquiátricos que afetam os professores da rede pública de ensino. Para os representantes da Apeoesp (Sindicato dos Professores de Ensino Oficial do Estado de São Paulo), o aumento de doenças mentais entre os profissionais da educação é conseqüência da síndrome de Burnout – expressão em inglês que quer dizer algo como “perda do poder de fogo”. No entanto, o Estado não reconhece essa doença profissional, também conhecida como síndrome da desistência do professor.

Estima-se hoje que um em cada quatro educadores sofra de algum sintoma dessa síndrome, descoberta nos Estados Unidos nos anos 70. Em 1999, o mesmo problema foi apontado no Brasil, após pesquisa realizada em todos os Estados com 52 mil profissionais – entre professores e funcionários de escolas públicas. A denúncia da Apeoesp foi publicada pelo Diário neste domingo.

Sem levantamentos oficiais, os 2,4 mil delegados do sindicato votaram no sábado, por unanimidade, pela criação de um coletivo da saúde do professor, durante o 19º Congresso Estadual da categoria, que aconteceu em Sumaré (SP). “A idéia é dimensionar o problema da saúde dos professores na rede estadual de ensino, uma vez que o Estado não passa as informações”, afirmou Paulo Neves, diretor da executiva estadual da Apeoesp e da subsede de São Bernardo.

Uma das propostas é criar comissões internas de prevenção de estafa, de estresse e de doenças dos profissionais de educação em cada unidade escolar. O coletivo, que falta ser regulamentado, atuaria a partir do primeiro trimestre de 2004.




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