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Apesar das críticas, Irã insiste no direito de fabricar urânio
Da AFP
11/01/2006 | 16:43
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Os dirigentes iranianos se uniram contra o risco de sanções e as críticas unânimes da comunidade internacional depois da retomada de suas atividades de enriquecimento de urânio. Rússia, Inglaterra, França, Alemanha e EUA se mostraram indignados com esta decisão.

O presidente do Irã, Mahmud Ahmadinejad, afirmou que seu país não vai se intimidar."Digo a essas potências que o povo iraniano e seu governo seguirão no caminho do domínio e da utilização da energia nuclear com fins pacíficos", afirmou. O Guia Supremo do país, Ali Khamenei, avisou que "as ameaças e sanções não terão qualquer efeito sobre a determinação do Irã”.

Rafsandiani, que dirige o Conselho de Discernimento, a mais alta instância de arbitragem política do regime iraniano, declarou o Irã defenderá seus direitos com sabedoria. “Se eles nos causarem problemas, vão se arrepender. O Irã sairá vencedor de qualquer crise”. Ele insinuou que, na verdade, os ocidentais querem manter o Irã subdesenvolvido.

O ministro iraniano das Relações Exteriores, Manushehr Mottaki, insistiu na necessidade de diferenciar a pesquisa da produção de combustível nuclear. Ele pediu, durante uma reunião com o presidente russo Vladimir Putin, que os europeus entendam essa diferença e negociem com o Irã.

Apesar das negações do Irã, Estados Unidos e União Européia suspeitam do fato de a República Islâmica querer utilizar seu programa nuclear civil para fabricar a arma atômica. Washington e Londres declararam não ter nenhum plano de ação militar contra o programa nuclear iraniano. "Se o Irã continuar nesse caminho, não há outra escolha além da transferência do caso ao Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas)", disse o porta-voz da Casa Branca. A Rússia ainda prefere negociar.



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