O etanol também ficará mais caro para o consumidor da região. Em média, R$ 0,10. Portanto o intervalo médio entre R$ 1,89 e R$ 1,99 encontrado nos postos saltará para R$ 1,99 e R$ 2,09. Segundo o Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados do Petróleo do Grande ABC), duas das três principais distribuidoras aumentaram o preço do biocombustível ontem e a expectativa é que a outra reajustará hoje.

Para o presidente da entidade, Wagner de Souza, pela ótica do consumidor, não há motivo para o encarecimento do etanol, tendo em vista que a demanda não cresceu após o reajuste da Petrobras. A estatal aumentou em 3% o preço da gasolina na refinaria, o que deixou o derivado do petróleo cerca de R$ 0,10 mais caro, por litro, no Grande ABC na semana passada.

A gasolina, após o reajuste da Petrobras na região, apresentou incremento no preço de 3,46%. Isso porque o consumidor desembolsava R$ 2,89, em média, pelo litro da gasolina e passou a gastar R$ 2,99.

Desta maneira, em menos de uma semana o preço do álcool, considerando a equivalência de desempenho em um motor flex, colou no valor da gasolina.

Na prática, 700 mililitros de gasolina têm o mesmo potencial calorífico que um litro de etanol para um motor flex. Isso significa que para comparar os preços dos combustíveis, basta multiplicar o valor da gasolina por 0,70. O preço médio do derivado de petróleo, aplicado o cálculo, é de R$ 2,09, o mesmo que a margem máxima do intervalo médio de preços do álcool.

Na semana passada, a equipe do Diário apurou ainda, em 55 postos, após o reajuste da Petrobras e o repasse dos revendedores, que a diferença de preços para a gasolina era de 20%, considerando apenas estabelecimentos de bandeira, entre R$ 2,57 e R$ 3,09.

O Sindicom (Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustível) e a Única (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) informaram que não comentam reajustes na bomba.