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Empresário coreano pede retorno do Paço de Sto.André
Beto Silva
Do Diário do Grande ABC
23/09/2010 | 08:54
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De volta a Santo André após oito meses, o megaempresário coreano Nam Ho Kim protocolou ontem na Prefeitura de Santo André projeto com detalhes das ações nas áreas de Educação, esporte e infraestrutura que pretende implementar na cidade. Sem ser recebido pela equipe do prefeito Aidan Ravin, o documento foi entregue no guichê do Paço.

A intenção de Kim é investir US$ 650 milhões (R$ 1,1 bilhão) num complexo que prevê uma universidade internacional, campo de golfe, hotel, postos de serviços e de Saúde, aterro sanitário e sistema de energia a biogás e tratamento de esgoto. O local, em área de 3 milhões de metros quadrados, já está definido, mas é mantido sob sigilo.

Junto ao projeto, o empresário anexou indagações à administração petebista. O coreano quer saber se as ações atendem às exigências das leis federal, estadual e municipal. Com a resposta em mãos, o dono da companhia TRG Projects visa dar andamento à próxima fase de sua empreitada.

Se o retorno for positivo, iniciará a produção do projeto executivo, avaliado em 13% (R$ 145,3 milhões) do valor total, e também entregará os demais documentos solicitados pela Prefeitura, que são o Imposto de Renda dos últimos cinco anos do empresário, certidões negativas de débito junto ao governo brasileiro, atestado de antecedentes criminais, dentre outros. O Paço confirmou o recebimento do documento protocolado ontem e disse que será avaliado pela equipe de governo.

"Precisamos ter garantias de que o projeto está apto a ser desenvolvido. Sem essa definição, não podemos avançar", disse Kim, com tradução de seu assessor Pak Chung, ao informar que o coreano já veio sete vezes ao Brasil e em três oportunidades esteve com o prefeito Aidan.

Mas desta vez não obteve retorno do grupo do petebista. O empresário evitou criticar o chefe do Executivo, mas ressaltou que, na cultura da Coréia do Sul, os compromissos assumidos são cumpridos.

Kim referiu-se ao protocolo de intenções assinado com a administração em janeiro. Nele, além desses projetos, há outras ações como usina de lixo que, somadas, chegam a US$ 1.050 bilhão (R$ 1,8 bilhão) a fundo perdido.

Kim retornará ao Brasil no meio do mês que vem com outros projetos na bagagem. Ele também quer construir uma fábrica de trens e outra de baterias à base de energia renovável. Esses investimentos, porém, visam retorno financeiro.




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