Economia Titulo Vendas
Comércio da região tem queda de 12,8%

Entre os setores pesquisados, eletrodomésticos, vestuário e concessionárias foram mais afetados

Fernando Pereira
Especial para o Diário
12/11/2014 | 07:24
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As vendas do comércio varejista no Grande ABC somaram R$ 2,4 bilhões em agosto, o que representa queda de 12,8% em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo dados da PCCV (Pesquisa Conjuntural de Comércio Varejista) apresentada pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens e Serviços e Turismo do Estado de São Paulo).

O recuo foi maior do que o observado na média do varejo estadual, que teve retração de 9,9% no mês. Em todo o Estado, de janeiro a agosto, a redução é de apenas 2,4%. Nos sete municípios, entretanto, o resultado no acumulado do ano está negativo em 7,6%.

A maior queda das vendas dos estabelecimentos varejistas nos sete municípios, na comparação anual (em agosto em relação a igual mês de 2013), foi observada em lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos (variação negativa de 40,8%, para faturamento de R$ 57,6 milhões). Porém, o impacto é menor do que o dos setores de vestuário e tecidos (que passaram a ter receita de R$ 251 milhões, após recuo de 37,1%) e o de concessionárias (retração de 23,7%, para R$ 351,5 milhões).

O assessor econômico da Fecomércio, Guilherme Deetze, explica o motivo para a demanda menor. “Este deficit pode ser justificado pelo fator macroeconômico, porque há piora nas condições de compra para o consumidor com alta da inflação e dos juros.”

Apenas uma das dez atividades pesquisadas apresentou desempenho positivo no mês, com relação ao mesmo período do ano passado. As vendas de materiais de construção registraram leve alta de 0,6%, com faturamento de R$ 193,9 milhões.

Deetze afirma que a tendência é de ampliar a queda para os próximos meses. No primeiro semestre, a retração era de 5,9%, no acumulado do ano até julho, de 6,8% e, no ano até agosto, a redução chega a 7,6%. Segundo ele, isso ocorre porque o consumidor tende a ser mais cauteloso e prefere pagar as dívidas já existentes em vez de comprar novos produtos.

Com crescimento econômico baixo e a crise automobilística, há o receio de perder o emprego. Isso ocorre, entre outros fatores, por causa de demissões e lay-offs (suspensão temporária de contratos) nas montadoras.
 




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