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Brasil deve impulsionar Volks mundial
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
22/10/2009 | 07:00
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O Brasil é uma das prioridades do grupo Volkswagen em sua meta de assumir a liderança mundial da indústria automobilística na próxima década, superando a General Motors e a Toyota. Foi o que afirmou o executivo do conselho administrativo da companhia alemã responsável por compras e pela América do Sul, Francisco Javier Garcia Sanz.

"A estratégia de longo prazo é ser o número um antes de 2018 e atualmente investimos em mercados globais para atingir nossos objetivos", afirmou, citando China, Rússia, Índia e Brasil.

Garcia Sanz, que veio à região para participar ontem da comemoração do aniversário de 50 anos da fábrica Anchieta, destacou a importância do País para a montadora.

Terceiro maior mercado para a empresa, atrás apenas da China e Alemanha (respectivamente o primeiro e o segundo), o Brasil pode avançar uma posição se crescer 4% ao ano até 2014, segundo o executivo.

Ainda na avaliação de Garcia Sanz, há boas oportunidades a serem exploradas no País. Ele cita que, enquanto no Brasil há sete habitantes por veículo, no México, por exemplo, são apenas cinco habitantes por veículo.

Outro fator é o bom desempenho da marca no mercado nacional, com crescimento da ordem de 70% nas vendas internas nos últimos três anos - passou de 350,5 mil em 2005 para 585 mil unidades comercializadas em 2008.

Neste ano, de janeiro a setembro, os emplacamentos de automóveis e comerciais leves da Volkswagen no Brasil avançaram mais de 12% em comparação com igual período de 2008. A expansão é maior do que a média do segmento, que cresceu 5%.

O presidente da subsidiária brasileira, Thomas Schmall, assinalou que, em função desse ritmo e de novos lançamentos, será possível brigar pela primeira colocação no segmento de comerciais leves, que é liderada atualmente pela Fiat. Em automóveis, a Volks já é a primeira do ranking nacional.

Para isso, a empresa lançou em agosto deste ano o novo Saveiro e a picape Amarok chegará às concessionárias no primeiro trimestre de 2010.

Outra meta da empresa é comercializar 1 milhão de veículos em 2014. Em 2008, foram 640 mil.

A companhia planeja ainda crescer de 1% a 2% acima da média do setor nos próximos cinco anos, período para o qual Schmall projeta que a indústria automobilística terá expansão de 38%.

CONFIANÇA - Garcia Sanz demonstrou confiança na economia brasileira. "A crise afetou o Brasil, mas houve uma resposta rápida do governo. Há tendência de recuperação desde o início do ano", afirmou.

Segundo ele, é preciso analisar com cuidado o impacto da gradual volta do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) sobre os carros. Isso não deve impedir que, em breve, a empresa anuncie novos investimentos no mercado nacional.




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