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Centenários, paróquia e clube são referências
Henrique Munhos
Especial para o Diário
25/04/2011 | 07:46
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Dois locais de referência de Ribeirão Pires irão completar um século de fundação em 2011, 42 anos a mais que o próprio município. A Paróquia São José e o Ribeirão Pires Futebol Clube são pontos de encontro da população desde quando a cidade não existia.

A Paróquia São José completa 100 anos dia 21 de dezembro. Criada por um decreto de dom Duarte Leopoldo e Silva, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, a igreja compreendia área de Mauá até a divisa com Suzano.

O local passou por três grandes reformas. A maior aconteceu em 1954.

O aposentado Joel Maziero, 73 anos, fez primeira comunhão na igreja em 1945. "Vou à paróquia três ou quatro vezes por semana, além de trabalhar na pastoral do batismo e ajudar em um curso de teologia popular. Sempre vivi dentro da igreja."

Fiel desde 1945, Maziero contou que a Paróquia São José foi ainda mais importante no momento da criação da cidade. "Como já era conhecida, a igreja foi fundamental na criação de Ribeirão Pires."

Ao todo, 10 comunidades estão sob seu comando da Paróquia São José. O padre Antonio José Scartazzin, 73, chegou a Ribeirão Pires há um ano, mas já sabe da importância da igreja. "A Paróquia São José sempre teve influencia na vida espiritual da população. Além disso, contou sempre também com boas lideranças."

De acordo com Scartazzin, as missas mais concorridas são as de domingo, quando mais de 500 pessoas comparecem. O padre já passou por Estados como Paraná e Amazonas, e ficou por três anos no Peru. Aos 73 anos, não quer deixar a região. "Ficarei aqui até os superiores deixarem", brincou.

A aposentada Joaquina Feliciano, 79, e seu marido, José Feliciano, chegaram à cidade em 1959 e, desde então, frequentam a igreja. "Conheci muita gente aqui, muitos dos quais já morreram. Minha vida seria vazia sem a Paróquia São José," conta Dona Ina, como é conhecida no município.

Por 36 anos, Dona Ina foi catequista na paróquia. A aposentada deixou a função neste ano. "Minha felicidade é ver as crianças que fizeram a primeira comunhão e hoje estão casadas, com filho, e seguem frequentando a nossa igreja."

Junto com o marido, Dona Ina passou a devoção para os quatro filhos, que também vão semanalmente à igreja. Segundo a aposentada, o local é mais aberto hoje para a população do que já foi um dia. No passado, os cidadãos eram apenas espectadores.

Dona Ina declarou que a igreja foi fundamental para sua formação pessoal. "Estudei apenas até o 4° ano. Tudo o que sei eu devo a igreja," finalizou.

 

Ribeirão Pires Futebol Clube busca ressurgimento

Desde criança, o comerciante José Coelho Junior, 46 anos, vai ao Ribeirão Pires Futebol Clube, fundado dia 9 de julho de 1911. Em 2008, com um grupo de amigos, se candidatou à presidência. "Vimos que faltava investimento e o clube estava passando por dificuldades. Não poderíamos deixar algo que gostávamos se deteriorar", afirma Coelho, que já está no segundo mandato.

Até a década de 1990, o Ribeirão Pires Futebol Clube era o grande ponto de encontro da sociedade e contava com 20 mil sócios. Hoje, tem cerca de 6.000. "Foram criadas muitas chácaras ao redor da cidade. Isso afastou as pessoas."

Para voltar a melhor forma, o presidente aposta em campanhas publicitárias, parcerias com empresas e melhoria nas instalações. Entre os projetos, a reinauguração do salão de jogos, reforma da academia e uma piscina aquecida.

Para competir em campeonatos ligados às federações, o carro-chefe do Ribeirão Pires Futebol Clube é o judô. O atleta Gabriel Rusca de Oliveira, 15, faz parte da Seleção Brasileira. Nos outros esportes, a disputa se resume a torneios entre outros clubes privados. "Precisamos ter um esporte forte, que com certeza beneficiará os associados," diz Coelho.

O preço de um título no Ribeirão Pires Futebol Clube é de R$ 200. A mensalidade individual custa R$ 60, enquanto a familiar sai por R$ 75.




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