É inevitável a comparação com Eu, Christiane F., 13 Anos, Drogada e Prostituída (1981), de Ulrich Edel, e até mesmo com Transpotting sem Limites (1996), de Danny Boyle, e Kids (1995), de Larry Clark, mas Aos Treze tem um jeito próprio de relatar a fase de transição e rebeldia que é a adolescência. Centra-se na amizade entre duas meninas, Tracy (Evan Rachel Wood) e Evie, quando a primeira, ainda infantil, se aproxima da segunda, malandra e descolada, para se tornar popular.
Entram aí as lições de drogas, sexo, mentiras, roubo e enfrentamento da dissimulada Evie para Tracy. O filme, no entanto, não faz de Evie uma vilã completa, mas uma vítima das circunstâncias: sua mãe, uma viciada em drogas, a largou com uma prima, Brooke (Deborah Kara Unger), que mal tem condições financeiras e psicológicas para cuidar dela própria, quanto mais de uma jovem que é um poço de problemas como Evie.
Já Tracy tem uma mãe presente, Melanie (Holly Hunter), que, apesar das dificuldades e da ausência paterna, tenta criá-la da melhor forma possível. E isso fará com que Evie – que procura desesperadamente por um lar – se aproxime ainda mais.
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