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Aportes no País vão atingir 19% do PIB
11/06/2010 | 07:00
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O Ministério da Fazenda estima que a taxa de investimento da economia brasileira será de 19% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2010, segundo o boletim economia brasileira em perspectiva, publicado ontem no site da pasta. De acordo com o documento, o investimento público (governo federal e empresas estatais) deve atingir neste ano 3,3% do PIB. Em 2009, foi de 3% do PIB.

A Fazenda aproveita a análise sobre os investimentos para responder às críticas de que a economia brasileira tem baixa taxa de poupança, o que impediria ritmo de crescimento muito forte de forma sustentável. Os assessores do ministro Guido Mantega evocam a tese de origem keynesiana de que o investimento precede a poupança, a partir do momento que ele promove aumento da renda das empresas e das famílias, refutando a tese de que a poupança antecede o investimento.

"A taxa de poupança doméstica da economia brasileira é compatível com a maioria das economias ocidentais, principalmente aquelas que proporcionam maior transferência de renda às classes baixas por parte do governo. Isso não impediu que a taxa de investimento público e privado crescesse no Brasil nos últimos anos", menciona o documento. "Ao contrário, o maior volume de transferências de renda tem ajudado a ativar a demanda doméstica, gerando maior crescimento econômico e investimentos público e privado. É este ciclo virtuoso que faz aumentar a poupança doméstica e, simultaneamente, o PIB do País", acrescenta.

CRESCIMENTO - Segundo a Fazenda, a taxa de poupança brasileira, que atingiu 15,8% do PIB no primeiro trimestre (ante 14,3% no fim de 2009), deve continuar crescendo, de modo sustentável e sem prejuízo para o dinamismo da economia.

O estudo critica comparações da poupança brasileira com a asiática. "É inadequado comparar nossa poupança com economias asiáticas como a da China, onde a taxa chega a 43% do PIB devido a uma estrutura de custos e benefícios totalmente diferente dos países ocidentais. As empresas, por exemplo, estão submetidas a baixos custos trabalhistas e câmbio favorável, o que se reverte em elevada lucratividade e, portanto, poupança", ressalta o documento do ministério.

"As famílias chinesas, por sua vez, precisam poupar grande proporção da sua renda para cobrir o consumo futuro com educação universitária, previdência e casa própria", acrescenta a Fazenda, ponderando que no Brasil há sistema universal de previdência e saúde e ampla rede de proteção social.




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