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Primeiro dia do Enem é marcado por drama e caos

Revoltados, grupos de alunos atrasados para a prova nacional geram tumulto em Santo André e São Bernardo

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
09/11/2014 | 07:03
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Andréa Iseki/DGABC


O primeiro dia do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) deste ano terminou em drama e caos no Grande ABC. Em diferentes cidades, o atraso dos estudantes para chegarem às escolas escolhidas pelo Ministério da Educação para a aplicação da prova causou revolta e tumultos.

Na Fundação Santo André, cerca de 60 pessoas deram de cara com as portas fechadas dos cinco prédios espalhados pelo campus da instituição às 13h, horário agendado para o início do exame. Um grupo de estudantes ficou na frente do prédio da Fafil (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras) até às 15h, ainda com a esperança de poder participar da primeira etapa.

A principal reclamação era em torno do grande trânsito espalhado pelo município, principalmente nas vias de acesso à instituição. “Acho que deveriam colocar mais ônibus para circular. A logística já é errada. Mas não adianta ficar chorando”, disse Paulo Roberto Castilho, 18, do bairro Camilópolis. “Como é que vou fazer agora? Não acredito. Fiz tudo certo”, lamentou aos prantos Rafaela Palma dos Santos, 16, moradora da Vila Luzita.

Para acalmar a discussão, a Polícia Militar foi chamada no local. Os estudantes fizeram boletim de ocorrência e um dos oficiais recomendou que eles entrassem com reclamação na Secretaria de Educação da cidade. O caso mais estranho da tarde foi o de Thales Wendel da Silva, 16, da Vila Progresso. Ele chegou à FSA por volta das 12h50 e entrou em sala do prédio errado. O tempo no local foi o bastante para guardar seu celular na sacola plástica disponibilizada por um fiscal até que o erro fosse descoberto. “Foi tudo muito rápido e tive que sair correndo. Me avisaram e já era tarde demais”, explicou o rapaz.

Em São Bernardo, grupo de cerca de 50 estudantes usou a força para derrubar os portões da faculdade Anhanguera, no bairro Rudge Ramos. Poucos minutos depois das 13h, as pessoas forçaram a entrada e entortaram a trinca, liberando a passagem de alguns exaltados que tentaram chegar até as salas. Sem sucesso. Já com a polícia no local, as pessoas se acalmaram e foram embora. O portão foi parcialmente arrumado durante a tarde, com uma grossa corrente e um grande cadeado segurando as partes arrombadas.

Após as 17h, horário para o fim da prova, as ruas de acessos às instituições de ensino foram tomadas por complicado trânsito. Hoje, a segunda etapa do Enem, que inclui questões de exatas e redação, também começa a partir das 13h.
 




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