Economia Titulo Setor automotivo
Venda de carros novos sobe 3%

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
04/11/2014 | 07:04
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As vendas de veículos zero-quilômetro cresceram 3,6% em outubro em relação ao mês anterior e atingiram o segundo melhor resultado mensal de 2014, perdendo só para janeiro, quando foram comercializadas 312 mil unidades de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus. No mês passado, o segmento vendeu 306,9 mil unidades, enquanto em setembro comercializou 296 mil. No entanto, no acumulado do ano (dos primeiros dez meses de 2014), ainda há queda de 8,9% em relação ao mesmo período de 2013. Os números são de levantamento realizado pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), com base nos emplacamentos. Se contabilizados apenas automóveis e comerciais leves, a alta foi de 3,15% de um mês para o outro, passando de 282 mil carros para 291 mil.

A alta em outubro reflete, entre outros fatores, promoções realizadas pelas montadoras, em conjunto com as concessionárias, para reduzir os estoques, avalia o presidente do Sincodiv-SP (Sindicato das Concessionárias e Distribuidoras de Veículos no Estado de São Paulo), Octávio Vallejo. O diretor da consultoria MSX Arnaldo Brazil concorda com essa avaliação. “Foi o esforço de vendas, como, por exemplo, o consumidor poder ficar com o carro por 30 dias e depois desistir”, diz.

O presidente da Fenabrave, Flavio Meneghetti, se mostra confiante de que, por causa da antecipação de compras de pessoas que vão querer aproveitar os últimos dias de redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os carros novos, que termina dia 31 de dezembro, ainda será possível fechar o ano com 5% de aumento nas vendas.

Vallejo está mais pessimista. “Não recupera mais neste ano”, opina. Ele cita que os brasileiros estão excessivamente endividados no cartão e no cheque especial e, além disso, estão receosos de entrar em financiamento, principamente no Grande ABC, por causa dos lay-offs (suspensão temporária de contratos de trabalho) nas montadoras. “A pessoa fica em casa e, por causa do medo de perder o emprego, para de comprar (a prazo)”, afirma. 




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