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Ecovias fecha pátio usado para recolher veículos
Valéria Cabrera
Do Diário do Grande ABC
22/04/2001 | 19:08
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O pátio de veículos da Ecovias, concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes, está fechado desde o dia 27 de março porque não há mais espaço para guardar carros, caminhões e ônibus acidentados ou detidos por falta de documentação ou equipamentos obrigatórios de segurança. Desde então, os veículos detidos pela Polícia Rodoviária nas estradas do sistema têm sido recolhidos nos estacionamentos de quatro bases da corporação, que ficam nas rodovias Anchieta (Km 10 e Km 40) e Imigrantes (Km 23 e Km 62).

O acúmulo de veículos, de acordo com a assessoria de imprensa da Ecovias, é provocado por dois fatores: a lentidão dos processos que envolvem acidentes com vítimas fatais e a não realização de leilões, que poderiam dar um destino para os veículos abandonados no pátio por seus proprietários.

Segundo informações da Ecovias, há quase dois anos não são realizados leilões, que são de responsabilidade do DER (Departamento de Estradas de Rodagem). A assessoria de imprensa do departamento informou que no início de maio será publicado no Diário Oficial do Estado edital de convocação para leilão de carros do pátio da Ecovias, mas não precisou a data.

Enquanto a situação não é resolvida, a alternativa encontrada pela Polícia Rodoviária é usar os estacionamentos existentes nas bases da corporação. O tenente-coronel Romeu Takami Mizutani, comandante do 1º Batalhão da Polícia Rodoviária, responsável pelas estradas que levam ao litoral paulista, disse que a lotação do pátio da Ecovias não irá afetar o trabalho de fiscalização realizado nas rodovias. “Nossa obrigação é evitar a circulação de carros que não tenham condições de segurança e que, por esse motivo, podem provocar acidentes”, afirmou.

Por enquanto, não há problemas de falta de espaço nos estacionamentos das bases da Polícia Rodoviária. “Caso o problema não seja resolvido logo, os estacionamentos também podem ficar lotados. Aí a situação poderá se complicar”, disse o coronel Takami.

O comandante explicou que muitos motoristas que têm veículos apreendidos não retornam para buscá-los porque financeiramente não compensa. “Alguns carros valem menos que o valor devido em multas. Nesse caso, as pessoas preferem abandonar os veículos, contribuindo para a superlotação dos pátios.”

De acordo com informações da Comissão de Concessões, órgão da Secretaria Estadual de Transportes que fiscaliza as empresas que venceram licitações para administrar rodovias, a concessionária é responsável pela manutenção do pátio e pelo transporte dos veículos até o local onde serão guardados, a pedido da Polícia Rodoviária, além de administrar a entrada e saída dos veículos. Apesar disso, a concessionária depende de um órgão estadual para esvaziar seu pátio e não pode ser punida por fechar o local por causa da superlotação.




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