Segundo ele, os mercados futuros de juros já apontam nesta direçao, com as taxas indicando um corte em torno de 0,5 ponto percentual.

"O cenário interno melhorou e o clima no mercado internacional também é mais tranqüilo', avaliou. O executivo destacou que cresceu o interesse dos investidores estrangeiros pelo Brasil, principalmente, porque o Governo já demonstrou que pretende lutar para aprovar os projetos de reformas constitucionais e equacionar os desequilíbrios macroeconômicos.

Os ventos mais favoráveis para o país provocaram uma reduçao nos juros pagos pelos títulos da dívida externa brasileira, que acumularam uma forte valorizaçao nas últimas semanas. Gentil explicou que os papéis funcionam como um termômetro para avaliar a percepçao dos estrangeiros em relaçao ao risco Brasil. "O spread pago pelos C-Bonds gira atualmente em torno de 700 pontos básicos, patamar bem abaixo do negociado no início do ano", afirmou.

O sócio do Opportunity Asset Management considerou positivo o pacote de medidas adotado pelo Banco Central este mês para incentivar o mercado secundário de títulos públicos. Segundo ele, as mudanças vao conseguir baratear o custo de financiamento da dívida do Governo e aumentar o volume de negócios entre as instituiçoes financeiras.

Gentil anunciou que os fundos administrados pelo Opportunity obtiveram nota máxima ( "A") pela classificadora de risco SR Rating/Duff & Phelpf. No ranking dos maiores gestores de recursos de investidores estrangeiros elaborado pela Associaçao Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), o Opportunity ocupa o primeiro lugar. A carteira de fundos do Asset gira atualmente em US$ 1,4 bilhao, sendo US$ 602 milhoes em fundos off shore e US$ 826 milhoes de investidores nacionais.