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Estado nega que ocorra epidemia de catapora
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
08/10/2010 | 07:32
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Os casos de catapora que ganharam repercussão no Interior do Estado e chegaram à Grande São Paulo estavam previstos, segundo a Secretaria de Saúde do Estado. Foram 10.018 casos registrados até 14 de setembro deste ano. O órgão informa ainda que o número está abaixo da média anual de ocorrência da doença dos últimos cinco anos, de 17.300 mil.

A diretora da Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória da Secretaria de Saúde do Estado, Telma Carvalhana, explica a situação atual do vírus na região paulista. "A varicela (como também é conhecida) está com o comportamento esperado e observado ao longo da série histórica registrada. De três a quatro anos é o padrão de comportamento do vírus que é sazonal e aumenta na primavera."

É considerado surto quando mais de duas pessoas são contaminadas em um mesmo local. Os casos individuais da doença não são de notificação compulsória.

A vacina é disponibilizada em casos de surto notificados por escolas ou creches e não é encontrada gratuitamente em unidades de saúde. Em clínicas particulares, o valor chega a R$ 100 pela dose única.

A vacina contra a catapora não faz parte do calendário de imunização de rotina do SUS (Sistema Único de Saúde) definido pelo Ministério da Saúde. São Paulo é o único estado que disponibiliza a imunização mediante a constatação do surto pela Vigilância Sanitária.

Neste ano, as doses ainda não estão disponíveis no Estado. De acordo com a Secretaria, foram encomendadas 200 mil doses, mas há um problema de distribuição com o laboratório privado que produz as vacinas. O Ministério não tem previsão de quando a medicação poderá integrar o Calendário de Vacinação Infantil.

A infectopediatra Deborah Perez. da disciplina de Pediatria da Faculdade de Medicina do ABC, desmente as notícias que circulam sobre o tratamento da doença com talcos. "O controle da coceira pode ser realizado com antialérgico prescrito pelo médico. O uso de produtos como talco mentolado pode desencadear processos alérgicos secundários. A limpeza com água e sabão é mais eficaz e menos tóxica", esclarece.

GRANDE ABC
Em São Caetano, a Prefeitura informou que neste ano foram constatados 30 casos de varicela. Foram aplicadas 418 vacinas para bloqueio da doença nas escolas em alunos menores de cinco anos. Já em São Bernardo, até 30 de setembro, foram notificados 1.135 casos. No ano passado, foram aplicadas 2.400 doses da vacina para os casos de bloqueio em escolas. Este ano, o número atual é de 351. As demais cidades não informaram até o fechamento desta edição.




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