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Fabrício Carvalho lamenta proximidade
Thiago Bassan
27/10/2014 | 07:25
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Companheiro de Serginho no São Caetano em 2004, o atacante Fabrício Carvalho também foi vítima das consequência do caso. Após ser diagnosticado com arritmia cardíaca em fevereiro de 2005, o jogador teve de interromper a carreira nos dois anos seguintes. E, desde então, vieram os problemas que atormentaram a vida do jogador ainda em atividade.

Desde a descoberta da arritmia, Fabrício ficou afastado “por tempo indeterminado” dos gramados. E, em março de 2006, teve o contrato com o São Caetano rescindido após se negar a fazer o último exame que poderia liberá-lo para retomar as atividades esportivas. Oito anos depois, o próprio atacante não sabe explicar o problema que o acometeu. Mas lamenta o fato de terem associado o mesmo com o que vitimou Serginho fatalmente.

“Meu caso foi diferente, mas as pessoas associaram um pouco com o do Serginho. Até hoje não sei o que tive. Fiz vários exames e nada foi diagnosticado. O caso do Serginho havia acontecido pouco antes. Foi evidente e isso acabou me prejudicando. Fiquei dois anos afastado. Infelizmente, as pessoas esperam algo acontecer para tomar providências. O Serginho foi uma vítima. Mas pelo menos vemos que hoje em dia alguns clubes têm se estruturado para que isso não aconteça mais”, destaca Fabrício.

O atacante conta não ter tido conhecimento da reunião realizada na época entre alguns jogadores do elenco e o médico Paulo Forte, no qual teria sido revelado o problema do ex-zagueiro (leia mais na página 7).

“Eu não sabia. O que o elenco tinha conhecimento era que (Serginho) tinha feito um exame antes do jogo contra o São Paulo e nada havia sido identificado. Ele havia feito um cateterismo e nada de grave foi visto. Então, nada poderia ter impedido o Serginho de jogar futebol. Eu não estava em reunião nenhuma, não participei de nada. O (goleiro) Silvio Luiz comentou depois do jogo que sabia de algo. Você estar dentro do grupo e não saber de algo como isso é bastante complicado. Tanto tempo passou e até hoje existem dúvidas sobre esse caso”, diz Fabrício.

Apesar de não terem sido companheiros próximos, Fabrício e o ex-defensor cultivaram boa amizade no Azulão. “ O Serginho era um cara muito bacana, brincalhão. O clube em si tinha um ambiente bastante amigável. Todos se davam muito bem. Até hoje a gente fica triste quando lembra deste fato. Ele tinha vitalidade impressionante. Foi uma situação bastante complicada”, finaliza o atacante.   




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