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Empresa de investigador morto faz inspeção veicular
Fabiana Chiachiri
Do Diário do Grande ABC
12/08/2009 | 07:55
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A Casa de Carnes Empório Jaçatuba, na Avenida Itamarati, Vila Curuçá, em Santo André, não era o único estabelecimento comercial que a família do chefe do SIG (Setor de Investigações Gerais) da cidade, Ramiro Diniz Júnior, 44 anos, executado na tarde de domingo com 12 tiros de fuzil, mantinha na cidade. A Setrans-SP Inspeção Veicular, que fica na Avenida Pereira Barreto, Vila Paraíso, é de propriedade dele.

Na Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo), a empresa está registrada, desde abril de 2004, como comércio a varejo de peças e acessórios novos para veículos automotores. No entanto, comerciantes próximos ao local afirmam que nunca funcionou nada parecido. "Desde que inauguraram, mexem com inspeção de veículos. Enfrentamos muitos problemas por causa dos carros estacionados nas calçadas, mas não adianta chamar o departamento de trânsito que os agentes não resolvem nada", afirmou um comerciante que pediu para não ser identificado.

Outro empresário que atua próximo à Setrans-SP contou que há três meses acionou a Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) por causa do odor de gás que sai da oficina. "Mandaram uma equipe para fiscalizar, mas não me deram retorno. Achei melhor esquecer."

O DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa), que concentra as investigações sobre a morte de Diniz Júnior, solicitou à Delegacia de Homicídios de Santo André cópia do inquérito policial sobre a morte do investigador José Carlos dos Santos, 38, o Carlão, executado no fim de março com 20 tiros de fuzil.

Outra investigação que está a cargo do DHPP é a morte dos policiais militares Uemerson Silva dos Santos e José Marcelo da Silva, da 1ª Companhia do 10º Batalhão de Santo André, que foram assassinados com tiros de fuzil na esquina da Avenida dos Estados com a Rua Engenheiro Olavo Aloysio de Lima.




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