Um tiroteio entre vigilantes da empresa Protege e bandidos deixou dois inocentes baleados em um centro comercial de Mauá, no fim da manhã de ontem. Pelo menos um dos bandidos também ficou ferido na ação, segundo testemunhas. A troca de tiros ocorreu quando os vigias iriam abastecer caixas eletrônicos do local.

Pouco após as 11h30, o carro forte da Protege estacionou em frente ao Shopping Popular do Jardim Maringá, na altura do número 3.189 da Avenida Barão de Mauá. Testemunhas ouvidas pelo Diário contaram que pelo menos quatro bandidos já esperavam o carro forte, em motos estacionadas na Rua Doutor João Carlos de Azevedo, na esquina do centro comercial, que abriga uma agência dos Correios, uma do Banco do Brasil e cerca de 20 boxes. Quando o carro forte estacionou, os criminosos saíram andando em direção ao shopping.

Disfarçados de clientes, dois outros bandidos já esperavam os comparsas. Dois vigilantes que entraram no local foram cercados pelos criminosos. E o tiroteio começou. Os bandidos portavam pistolas e metralhadoras.

"Foi muito tiro! Parecia fogos de artifício", disse uma testemunha. Porém, segundo a Polícia Militar, os seguranças já haviam fechado a gaveta do caixa que abasteciam quando o assalto foi anunciado, e nenhuma quantia foi levada.

Do lado de fora, outros dois vigilantes, que guardavam o carro forte, foram vistos disparando, com revólveres e uma espingarda calibre 12, para dentro do centro comercial. O pânico tomou conta das mais de 100 pessoas que circulavam pelo local.

Um ajudante de 34 anos que, segundo testemunhas, esperava condução no ponto de ônibus que fica logo em frente ao shopping, foi atingido no pé esquerdo. Uma mulher de 45 foi atingida nas nádegas. Ambos foram socorridos sem risco de morte.

As armas dos vigilantes foram apreendidas, para que a perícia determine se os disparos que feriram as vítimas partiram delas.

Os bandidos foram vistos fugindo pela porta dos fundos do estabelecimento e montando em motos onde mais comparsas os aguardavam para escapar. Quatro suspeitos foram presos na noite de ontem, porém, o 3º DP de Mauá, que investiga o caso, não forneceu mais detalhes.