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Prefeitura de Mauá arranca cinco árvores sem autorização da Cetesb
Deborah Moreira
Do Diário do Grande ABC
07/01/2010 | 07:35
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A Polícia Civil investiga se houve crime ambiental na retirada de pelo menos cinco árvores do Paço Municipal de Mauá, Avenida João Ramalho, 205. Os espécimes (todos Ficus) foram arrancados na terça-feira, mesmo sem a Prefeitura ter recebido autorização da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) para isso.

A ocorrência foi registrada no 1º DP da cidade, por policiais militares que receberam denúncia anônima. Segundo o boletim de ocorrência número 138/2010, um funcionário do município teria explicado que no local será aberta uma via pública. Além disso, as raízes dos cinco exemplares da espécie Ficus estariam danificando o calçamento e as galerias de água e esgosto do local. Segundo o BO, o município solicitou autorização à Cetesb para o corte das árvores. A companhia confirmou o pedido, porém, o requerimento não foi aprovado até a data de ontem.

Outra justificativa encontrada no boletim é de que as fortes chuvas dos últimos dias teriam causado ainda mais danos e que por isso as árvores estariam "colocando a população em risco". Segundo funcionários da Prefeitura disseram à polícia, os Ficus teriam sido replantados em um parque próximo da sede da Prefeitura.

O corte de árvores sem autorização do órgão responsável, a Cetesb, pode configurar em crime ambiental, previsto pela lei federal nº 9.605/1998.

Segundo o delegado titular do 1º DP de Mauá, José Marcos Monteiro Pimenta, foi solicitado um laudo pericial para verificar se houve crime ambiental. "Por enquanto estamos investigando. Precisamos ter certeza se houve o corte ilegal. Só então poderemos abrir um inquérito", explicou José Marcos Pimenta.

Funcionários da Prefeitura que preferiram não se identificar informaram que a administração municipal pretende abrir uma avenida, que servirá para os desfiles das escolas de samba deste ano. Já existiria, inclusive, uma maquete do projeto. O Diário esteve no local e constatou que alguns homens trabalham na área. A Prefeitura, no entanto, não confirmou.




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