Economia Titulo Consumo
Carnes pressionam
custo da cesta básica

A de segunda subiu 4,59%, passando a custar,
em média, R$ 13,56 o quilo nos supermercados

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
03/10/2014 | 07:25
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Celso Luiz/DGABC


Ainda sob influência do clima seco, que reduz as pastagens e obriga os produtores a elevar gastos com ração para a engorda do gado, a carne bovina figurou entre os produtos com maiores altas da cesta básica da região em setembro, aponta pesquisa realizada pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) e divulgada ontem.
 
A de segunda (a Craisa usa como referência o acém) subiu 4,59%, passando a custar, em média, R$ 13,56 o quilo nos supermercados dos seis municípios (não há pesquisa em Rio Grande da Serra), enquanto a de primeira (o coxão mole) teve aumento de 3,82% e agora sai, em média, por R$ 18,95 o quilo. Na esteira dessas altas, o frango também aumentou (reajuste médio de 6,75%), o que pode ser explicado pela maior procura por opções menos custosas por parte do consumidor. Segundo o coordenador da pesquisa, o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto, o efeito climático também ajuda a explicar a elevação do preço do leite, que encareceu 2,89% (vale agora, na média, R$ 2,40 o litro, na embalagem tipo longa vida).
 
Para quem quer ou precisa economizar, mas não quer ficar sem proteína animal em suas refeições, dois itens da cesta básica tiveram redução de preços neste mês: a dúzia de ovos é encontrada agora por R$ 4,36, o que é 2,8% menos que em agosto. Outra opção é a sardinha em lata, cujo valor caiu 1,5%.
 

ESTABILIDADE

Na média, o conjunto de produtos de primeira necessidade pesquisado pela Craisa ficou estável em setembro. Passou a custar R$ 436,56, o que significou queda de 0,19%, ou apenas R$ 0,83 em relação a agosto. O levantamento toma como base gastos mensais de família (de dois adultos e duas crianças) com 34 itens, de limpeza doméstica, higiene pessoal e alimentos industrializados e in natura.

Contribuiu para a estabilidade, principalmente, a forte diminuição dos preços de hortifrúti, como tomate e alface. O primeiro item teve retração de 21,88%, passando a custar R$ 2,91 o quilo, enquanto o segundo caiu 12,61% (agora é encontrado, em média, a R$ 1,44 a unidade). De Benedetto cita que o inverno favorece o plantio desses produtos, elevando a oferta. Somado a isso, como o consumo se retrai, os preços tendem a se reduzir.   




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