Economia Titulo Balança comercial
Exportações da região
têm queda no 1º trimestre

Região registra déficit comercial de US$ 210 mi; a retração
foi de 3,4% no primeiro trimestre em comparação com 2012

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
29/04/2013 | 07:23
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As exportações do Grande ABC mostram retração de 3,4% no primeiro trimestre, na comparação com mesmo período de 2012. Ao mesmo tempo em que os produtos da região perdem espaço no Exterior, as compras de itens importados registram crescimento de 18% no mesmo período e superam o total exportado em US$ 210 milhões. O deficit comercial contrasta com o superavit (de US$ 103 milhões) observado nos três primeiros meses do ano passado, quando o faturamento obtido pelas empresas com vendas a outros países ainda ultrapassava o total pago com as importações.

Os dados, de levantamento realizado pelo Diário com base em números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, revelam a deterioração do comércio exterior dos sete municípios, o que, segundo especialistas, tem relação com a dificuldade de competitividade do País por causa dos custos elevados (tributos, juros, matéria-prima e infraestrutura, por exemplo) que incidem sobre a produção nacional.

Colabora para o menor volume exportado a perda de força em dois importantes mercados para os produtos do Grande ABC: a Argentina e o México. A retração das encomendas de São Caetano para o país vizinho foi de 17% no primeiro trimestre; em Santo André, a queda alcançou 39% e, em São Bernardo, ficou em 2,6%. Essa última cidade, por sua vez, registrou retração de 15% na receita obtida com envios de mercadorias para clientes mexicanos.

Um dos fatores para isso são entraves alfandegários criados pelo governo da presidente Cristina Kirchner para a entrada de produtos brasileiros. Além disso, no caso do México, as cotas impostas pelo governo brasileiro para a entrada de veículos fabricados naquele país também restringem a entrada de carros lá.

SUBSTITUIÇÃO - Pela força da indústria do Grande ABC, os números de exportações da região guardam relação com o que ocorre na balança comercial do País, cita o coordenador do curso de Administração do Instituto Mauá de Tecnologia, Ricardo Balistiero. Nos dados nacionais de vendas de manufaturados ao Exterior, observa-se retração de 8% no primeiro trimestre.

E embora as encomendas brasileiras de carros a outros países registrem alta de 5%, dois produtos importantes para a economia da região estão com queda: veículos de carga (19%) e autopeças (17%). Isso se verifica em São Bernardo, onde um dos principais itens da pauta exportadora, os caminhões, está com retração de 14%. Ao mesmo tempo, as importações de carros médios (com motor de 1,5 a 3 litros) para a cidade cresceram 156%, e as compras de um tipo de autopeça (caixa de marcha) ampliaram em 59%.

 

 




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