Eles são primos e viveram no mesmo período em várias partes do mundo, inclusive no Brasil
ouça este conteúdo
|
readme
|
Na verdade, o pterossauro não era dinossauro como todo mundo pensa, e sim o primeiro réptil voador que já foi documentado. Ambos viveram há mais de 200 milhões de anos, mas possuem características distintas.
O pterossauro tinha o quarto dedo muito comprido e coberto por membrana que formava a asa. Além disso, a parede de seus ossos era finíssima, sendo que algumas tinham menos de dois milímetros. Desse modo, ficaram leves, o que os tornou os primeiros animais a voar – batendo asas – em vez de planar.
Assim como os dinos, existiram diversos tamanhos de pterossauros. O comprimento de uma asa a outra variava de 20 centímetros a 10 metros. Viviam, principalmente, na costa dos continentes, menos na Antártica. Por isso, acredita-se que a maioria alimentava-se de peixes. Dependendo da espécie, podiam comer também insetos, frutificações (tipo de frutos que existiam na época), vertebrados e animais maiores.
O MAIS ANTIGO - O primeiro fóssil brasileiro de pterossauro foi descoberto em 1953, o segundo em 1971, e desde então muitos outros foram achados por aqui.
Em março deste ano, paleontólogos do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro apresentaram o maior e mais completo encontrado no Hemisfério Sul do planeta, da espécie Tropeognathus mesembrinus. Foi descoberto na Bacia do Araripe, entre Ceará, Piauí e Pernambuco. De asas abertas, o bicho media 8,26 metros.
Por que eles desapareceram?
Há várias hipóteses que tentam explicar o desaparecimento dos pterossauros e de seus parentes, os dinossauros. No entanto, nenhuma foi comprovada. Calcula-se que começaram a sumir há cerca de 65 milhões de anos. Muitos especialistas acreditam que a extinção foi causada por grandes transformações no ambiente do planeta. As espécies que não conseguiram se adaptar, morreram.
A principal dúvida é se as mudanças aconteceram aos poucos ou foi de repente, por causa de catástrofe natural. Pesquisadores defendem que um asteroide gigante (pedra do espaço) colidiu com a Terra, causando alterações no clima. Isso teria influenciado na sobrevivência das plantas. Assim, os herbívoros ficaram sem comida e morreram. O mesmo aconteceu com os répteis que se alimentavam deles.
DESCENDENTES - Segundo estudiosos, as aves que conhecemos hoje são descendentes diretas dos dinossauros. As que escaparam da extinção se adaptaram e evoluíram para sobreviver. Hoje, sabe-se que algumas espécies de dinos famosas, como o velociraptor, possuíam plumas e penas. Acredita-se até que o tiranossauro rex tinha penugem na juventude e a perdia na fase adulta.
Saiba mais
O menor pterossauro conhecido é o Nemicolopterus crypticus, do tamanho de um pardal. Foi descoberto na China.
A espécie mais antiga de dino encontrada é a Eoraptor lunensis, que viveu na Argentina há cerca de 230 milhões de anos.
Estudiosos já descobriram e deram nomes a cerca de 1.000 espécies de dinos, mas existiram muitos mais.
Quem perguntou?
Diego Matheus Martins, 10 anos, de Santo André, acredita que o pterossauro é a mistura dos dinos com aves. “Ele voa e é muito forte. Consegue vencer uma luta contra qualquer dinossauro se estiver em bando”, opina o garoto, que é fã do tiranossauro rex. “É meu preferido, porque é grande e muito inteligente.” Diego adora assistir a filmes sobre estes animais e o que mais gosta é de Jurassic Park . Mas nunca teve vontade de que os bichos vivessem hoje em dia. “Poderiam destruir nossas casas, seria terrível.”
Consultoria de Alexander Kellner, pesquisador do Museu Nacional do Rio de Janeiro e autor do livro Pterossauros no Céu do Brasil.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.