Ideia é complementar produção da planta de São Caetano
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Atualizada às 8h13 do dia 25/10/22
Para conseguir atender o mercado nacional e também o externo, evitando atrasar entregas, a General Motors já fabrica uma parte do SUV Tracker (utilitário-esportivo) também na unidade de Santa-Fé, na Argentina, dividindo a demanda que hoje há na planta de São Caetano.
De acordo com Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico e Eletrônico, Siderúrgicas, Veículos e de Auto Peças de São Caetano, “devido à grande quantidade de (veículos) Tracker que está sendo socilitada, o mix não dava para atender toda a enorme clientela. Cerca de 20% da produção será complementada por lá. Aqui continuará sendo produzido a todo vapor, 100%, lá será feita (o equivalente a) 20% do que é montado aqui”, explica o sindicalista, ilustrando que isso corre por “demanda de mercado”.
Neste mês, começaram a chegar no País as primeiras unidades do veículo produzido por lá, custando a partir de R$ 118,5 mil. A montadora não diz se há ou não fila para seus veículos, mas confirma que globalmente há imprevisibilidade no fornecimento de componentes, gerando impactos pontuais em toda a indústria de automóveis.
“Isto tem provocado desabastecimento temporário de alguns modelos ou configurações específicas no mercado”, afirma a GM. A empresa também informa estar trabalhando ativamente com os fornecedores para mitigar potenciais paralisações na produção e para buscar alternativas no intuito de otimizar o prazo de entrega dos produtos aos clientes.
O sindicalista diz que os funcionários já sabiam dessa divisão com a Argentina há cerca de um mês. “Eles não produzirão tudo aqui, mas as operações estão dentro da normalidade. Não é uma ótima solução. É um caso que precisa ser administrado com cuidado”.
Cidão afirma que a GM começará as produções da Nova Montana a partir de 2023. “No fim do ano, haverá férias coletivas prolongadas para introduzir a Montana logo depois. Como isso acontecerá aqui, a planta de São Caetano não comportaria as fabricações completas do SUV. É uma adequacao de mix”, finaliza o sindicalista.
Em maio, a GM informou que paralisaria a produção da fábrica na região por seis semanas em decorrência da falta de peças e adequação das linhas de montagem para novas produções.
A reportagem do Diário entrou em contato com a assessoria da GM para obter mais detalhes e o posicionamento da companhia sobre esta divisão da produção entre as fábricas, mas ela não respondeu até o fechamento desta edição.
(Com agências)
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