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A própria Havanir admitiu que "eventualmente" depositou as contribuições em conta corrente própria. O dinheiro era arrecadado com a venda de cartilhas doutrinárias do doutor Enéas Carneiro – as apostilas são confeccionadas perla editora particular de Enéas. Filiados do Prona e pessoas que tentaram se filiar à legenda denunciam que a compra das cartilhas era o 'pedágio' para quem queria se lançar candidato pelo partido.
Havanir e Enéas, em seus depoimentos, voltaram a afirmar que não existe cobrança de 'pedágio' para os filiados. Ambos repetiram a tese de que o Prona pede uma "contribuição" aos partidários. Eles insistiram também que só paga quem pode. "Há candidatos que sequer contribuíram porque não tinham condições naquele momento", alegou Enéas.
Sobre o destino do dinheiro arrecadado, Enéas defendeu Havanir e disse que todos os recursos saldavam gastos do partido. O deputado eleito disse que os diretórios municipais e estaduais do Prona estão isentos de prestar contas à direção nacional sobre as contribuições, ficando livres para administrar os fundos mediante as necessidades e gastos. Enéas argumentou ainda que o Prona não teve candidato à Presidência da República na última eleição justamente porque não tinha um balancete detalhado das contribuições para apresentar à Justiça Eleitoral.
Os dois argumentaram que os "depósitos eventuais" de contribuições ao partido na conta pessoal de Havanir foram feitos para saldar gastos urgentes do diretório regional - que ficava sob o comando dela. Enéas alegou ainda que ela eventualmente depositava dinheiro das contribuições em conta própria por questão de conveniência, pois os repasses eram feitos em seguida para o diretório nacional ou a editora de Enéas.
Enéas prometeu que as contas serão apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao Ministério Público, que mantém uma ação civil pública para investigar as denúncias de improbidade administrativa da vereadora Havanir. Segundo o deputado eleito, todas as vendas de cartilhas estão registradas em notas fiscais.
Complô - O presidente do Prona disse que 'choveram' denúncias contra o partido após as votações expressivas obtidas por ele – o deputado federal mais votado na história da República – e Havanir – a deputada estadual mais votada em São Paulo. Enéas acusou o "poder mundial" pela suposta perseguição.
"O poder mundial de que falamos é esse poder articulado com títeres que faz com que cheguemos ao ponto em que uma transação feita às claras, com nota fiscal, seja questionada", afirmou. Enéas argumentou ainda que a casa de praia de sua irmã e o apartamento da deputada Havanir foram invadidos depois das denúncias, sem que nenhum objeto de valor tenha sido roubado.
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