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Seita pode ter causado morte de 600 na Africa
Do Diário do Grande ABC
20/03/2000 | 22:40
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O número de mortos no incêndio ocorrido na última sexta-feira, nos arredores do centro comercial de Kanungu, a 355 quilômetros de Kampala, na Africa, supera a marca de 500 e pode chegar a 600 pessoas.

A polícia suspeita que o incidente seja um caso de suicídio coletivo, promovido por integrantes do Movimento para a Restauraçao dos Dez Mandamentos de Deus.

A polícia afirma que os cinco líderes da seita - quatro deles ex-padres católicos e trabalhadores - também morreram no incêndio. Sao eles: Cledonia Mwerinde, 40 anos, ex-prostituta, que construiu o templo na granja de seu falecido pai; Joseph Kibweteere, 68 anos, ex-padre católico de Kabale, cidade ao norte de Nanungu; Dominic Kataribabo, 32 anos; Joseph Kasapurari, 39 anos, e John Kamagara, provavelmente também ex-sacerdotes católicos.

De acordo com a polícia, a identificaçao dos supostos líderes se baseou em depoimentos de moradores da regiao, que afirmaram que os cinco estavam dentro do templo. Ao que parece, o edifício foi fechado por dentro antes de começar o incêndio.

Em toda a Africa estao surgindo seitas sincréticas, com elementos de cristianismo. A seita de Kanungu tem filiais em várias outras partes de Uganda. Seus integrantes usam apenas gestos para se comunicarem e têm medo de transgredir os mandamentos. No entanto, cantam e rezam em voz alta.

Em uma nota oficial, o presidente Yoweri Museveni afirmou que o governo ugandense ``crê na liberdade de culto', mas que também ``tem o dever de proteger as vidas do povo de Uganda e assegurar que os ugandenses nao fiquem à mercê de alguns indivíduos perigosos e oportunistas que se apresentam como líderes religiosos'.




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