Mochileiro desbrava as Américas em um Fusca 1978 tendo como companhia o cachorro Shurastey
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Essa história tem três personagens: Dodongo, 40 anos; Jesse Koz, 25, e Shurastey, 2. Os três vivem uma aventura diária, que se passa em vários países da América do Sul. Na qual o imprevisível é a principal marca e o roteiro, definido pelo acaso.
Cada um tem um papel, mas os três são importantes para o desenvolvimento da trama. Dodongo, o mais experiente, é um Fusca ano 1978, com muitos quilômetros rodados e muita lenha ainda para queimar. Jesse é “mochileiro profissional”, que resolveu “viver a vida”. Shurastey é um cão da raça golden retriever e a distração da aventura.
Dodongo e Shurastey entraram na vida de Jesse quase ao mesmo tempo. Insatisfeito com a função de vendedor em um shopping center de Balneário Camburiú, em Santa Catarina. Em 24 de março de 2017, Jesse comprou o Volkswagen. Poucos dias depois teve a ideia de vender tudo o que tinha, largar o emprego e cair no mundo.
Depois de trocar a caixa de câmbio de Dodongo, pegou o cachorro e partiu em 6 de maio. “Resolvi viajar pelo Sul do continente. Fomos para o Uruguai, Argentina, Chile e Paraguai, mas aí o Dodongo teve um problema no motor, e tive de voltar ao Brasil”, conta o aventureiro. Esta primeira parte da viagem durou quatro meses e foram percorridos aproximadamente 15 mil quilômetros.
Em Foz do Iguaçu, no Paraná, o carrinho teve o motor retificado. Descansou e, dois meses atrás, reiniciou a jornada. Agora rumo ao Norte e Nordeste do Brasil, mas com pretensões muito maiores. “Vamos viajar para a Bolívia, Colômbia, Panamá e seguir até o Alasca, nos Estados Unidos”, afirma Jesse.
Até quarta-feira o trio fica em São Paulo, depois segue para o Rio de Janeiro. “Não vejo a hora de ir embora. São Paulo é uma cidade muito movimentada. Caí na estrada para me livrar do estresse e aqui é justamente o contrário”, conta Jesse.
KIT SOBREVIVÊNCIA
Por conta do pouco espaço oferecido pelo Fusca, o mochileiro aprendeu a viver com o básico. “Levo apenas algumas peças de roupa, alimentos e o necessário para preparação da comida”, conta.
Hoje, ele e Shurastey dormem em uma barraca instalada no teto do carro. Antes, o dormitório era o interior do Fusca. “A gente sempre dá um jeito”, afirma.
E assim prossegue a saga do trio de aventureiros. Que já superou até neve na Argentina. Enquanto Dodongo resistir, novos episódios vão sendo escritos, cada dia em um lugar.
Ajuda de amigos mantém trio na estrada
Quando iniciou a primeira jornada, em maio de 2017, Jesse Koz tinha no bolso os R$ 9.000 que arrecadou com a venda de uma moto e dos móveis que possuía. O dinheiro já se foi, mas a estrada é longa.
Para se manter, o mochileiro vende canecas e conta com a ajuda de amigos que fez ao longo do caminho. “Estou em busca de apoio para continuar a viagem. Procuro pessoas e empresas que queiram me ajudar”, pede.
A saga de Jesse, o Fusca Dodongo e o cão Shurastey pode ser acompanhada nas redes sociais, basta digitar Shurastey or Shuraigow.
Nas imagens dá para ver que o objetivo inicial da viagem – “viver a vida” – está sendo alcançado.
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