Atendido pelo psicólogo Sávio Costa, do Hospital Distrital de Rio Branco, Barroso foi liberado em seguida para voltar à sua cela no 4º Distrito Policial, onde estao detidos outros sete acusados de pertencerem ao esquema do crime organizado. No mesmo hospital, o cabo da PM Amós Neto, preso sob a mesma acusaçao de Barroso, também apresenta quadro de depressao.
Embora esteja proibido de dar entrevistas sem autorizaçao da justiça, Barroso comentou suas três tentativas de suicídio, enquanto voltava para a delegacia. "Fiquei desesperado pensando no abandono da minha família e também na humilhaçao a que fomos expostos lá em Brasília. Eram 14 presos dentro de uma cela de quatro por três metros. Queria poder dizer o que fizeram com a gente lá naquele lugar", afirmou Barroso. Uma tentativa de suicídio foi cortando os pulsos e as outras duas, por enforcamento.
Sob a suspeita de pertencer ao sistema que facilita o tráfico de droga no Estado do Acre, Barroso é considerado o mais pobre dentre os 54 que estao detidos sob acusaçao de pertencer ao esquema do narcotráfico ou ao esquadrao da morte. "Isso justifica o desespero dele", informou outro preso que nao pode ser identificado e divide cela com Barroso. "Nós tínhamos de dormir em pé. Tiramos o Barroso da forca duas vezes, entao resolvemos fazer turnos de vigília para evitar que ele se matasse", afirmou o preso.
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