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Últimos momentos de Jesus Cristo serão encenados na região

Além da tradicional peça apresentada no Santuário Senhor do Bonfim, em Sto.André, S.Caetano faz montagem da Paixão em praça

Natália Scarabotto
Especial para o Diário
23/03/2016 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


As tradicionais encenações dos últimos momentos de Jesus antes da crucificação marcam a Sexta-Feira da Paixão no Grande ABC. Em Santo André, a peça teatral mais famosa da região será realizada no Santuário Senhor do Bonfim, no Parque das Nações, às 19h30. Em São Caetano, público pode acompanhar o trabalho do MCTA (Movimento Cultural Teatral e de Artes) na Praça da Riqueza, no bairro Prosperidade, a partir das 20h.

A cada ano, a história em Santo André é contada de uma perspectiva diferente. Na 16ª edição, o ponto de vista do judeu Simão Cirineu, que ajudou a carregar a cruz, será o fio condutor da trama. “Escolhemos o personagem porque pouco se fala sobre ele, que é uma pessoa do povo e tem grande importância nessa trajetória”, explicou o coordenador geral da encenação, Irivaldo Tadeu Cristofali, mais conhecido como Vado.

Eis o Cordeiro de Deus vai mostrar a história de Cirineu, que viajou da África até Jerusalém para participar do sacrifício do cordeiro pascal e acabou sendo obrigado a carregar a cruz de Jesus. “No fim, o cordeiro não é o animal, mas sim o próprio Jesus”, explica Vado.

Nesta edição, 110 pessoas vão encenar a história em dois palcos – o menor deles ficará montado em meio à plateia. “O açoite vai ser nesse palco. É a cena em que as pessoas mais se emocionam e poderão acompanhar bem de perto”, ressalta Valdo. São esperados cerca de 5.000 espectadores.

Já em São Caetano, o espetáculo Via Crucis – A Paixão do Povo, do MCTA, terá traços da realidade contemporânea. Judas, o traidor, por exemplo, será retratado como um empreiteiro corrupto. “Já existe o espetáculo tradicional que as pessoas assistem, essa é uma nova forma de contar a história e fazer uma crítica social”, afirma o jornalista e diretor Carlinhos Lira, fundador do grupo.

As vestimentas também serão adaptadas. O personagem vai usar blazer, maleta e óculos de sol. A aparência física de Jesus será diferente. Em vez do cabelo longo, o personagem será careca. A roupa de Cristo é a única que não terá alterações.

Em anos anteriores, Judas já foi retratado em motocicleta e jogando cassino. Apesar das inovações anuais, Lira está inseguro. “Não sei como será o resultado. O público sempre tem diversas reações, mas estou com medo”, admite.

Para a montagem, foram necessários 26 participantes, entre produção e encenação. O valor investido é de R$ 20 mil, com o patrocínio da Prefeitura. O público esperado é de 800 a 1.000 pessoas. Os dois eventos são gratuitos. 




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