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AmBev: holding nasce com valor estimado em R$ 7,4 bi
Do Diário do Grande ABC
01/07/1999 | 20:31
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A Companhia de Bebidas das Américas (AmBev), holding resultante da associaçao entre a Brahma e Antarctica, nasce avaliada em cerca de R$ 7,4 bilhoes, considerando o valor das açoes das duas companhias no fechamento do pregao da última quarta-feira. A relaçao de troca adotada no negócio foi de uma açao da AmBev por uma açao de Brahma e 46,63 açoes da AmBev por uma açao da Antarctica, na mesma espécie.

Os acionistas das duas companhias, tao logo o negócio seja aprovado pela CVM, vao receber uma oferta pública de permuta nessa mesma proporçao. A diferença na troca se deve, em parte, porque o valor de mercado das duas sejam distintos, de R$ 480 milhoes da Antarctica e de R$ 6,9 bilhoes da Brahma.

A fusao das duas mais importantes companhias de bebidas do País surpreendeu os especialistas que analisam o setor nas instituiçoes financeiras. E foi bastante comemorada. "As vantagens sao várias, como ganhos de escala, maior poder de barganha para negociar com fornecedores e o aproveitamento do que cada uma tem melhor", resumiu Fábio Alperowitch, responsável pela equipe de analistas da Fama Investimentos.

A associaçao vai permitir brigar num segmento (tanto de cervejas como de refrigerantes) que vinha sofrendo de acirrada competiçao decorrente da entrada de marcas desconhecidas, que vao conquistando cada vez mais consumidores (e mercado) com preços baixos.

No caso dos refrigerantes, as tubaínas, e, no setor cervejeiro, Alperowitch destaca o avanço de outras marcas, nacionais e importadas, como a portuguesa Cintra fabricada no Brasil, a mexicana Sol, a Malta, entre outras.

De acordo com ele, há tempos as grandes companhias mostravam preocupaçao com a perda de "market share" para a categoria citada como "outras" no ranking das marcas mais vendidas, que sistematicamente levavam a uma reduçao das margens. Situaçao que agravou-se ainda mais com a crise financeira diante do aumento de impostos, juros elevados, diminuiçao do poder de compra da populaçao etc.

Tanto a Brahma como a Antarctica nao ficaram imobilizadas com esse cenário, passando a adotar políticas agressivas de reduçao de custos, procurando otimizar suas plantas, fechando as obsoletas, abrindo novas e mais modernas, principalmente no Sul do País, já vislumbrando oportunidades no Mercosul.




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