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“Estou preparando uma segunda coleção, a partir de obras de pintores das Américas, entre eles o norte-americano Norman Rockwell. Tenho algumas telas produzidas e outras planejadas”, disse o mais conhecido desenhista brasileiro ao Diário.
Outro possível desdobramento do projeto é a publicação de um novo título: “Está em negociação a edição de um livro que ensinará as crianças a fazerem releituras de obras de arte com o uso de técnicas simples de pintura”.
Maurício começou a produzir suas releituras no final dos anos 80. A idéia rendeu a exposição História em Quadrões, inaugurada em outubro passado na Pinacoteca do Estado, em São Paulo, e que já passou pelo Museu Nacional de Belas-Artes, no Rio. Nos dois museus, foi vista por cerca de 400 mil pessoas, público alcançado no Brasil somente por megaexposições.
No próximo dia 19, a mostra será aberta no Conjunto Cultural da Caixa, em Salvador, na Bahia, e depois seguirá para outras capitais do país, além de Europa e Estados Unidos.
O projeto rendeu também um livro homônimo, da Editora Globo, lançado em outubro e já na sexta edição. Na publicação e na mostra, reproduções das obras de arte originais figuram ao lado das criadas por Maurício.
“A mostra foi o primeiro passo: abriu caminho e obteve respeito. Percebi então que tenho um caminho a seguir. Por isso também já penso em criar releituras para pinturas de artistas da Ásia. Outra idéia é fazer mais esculturas, pois por enquanto só fiz uma”, afirmou.
Idéia – “A inspiração para eu realizar essas pinturas surgiu quando vi crianças fazendo releituras de obras de arte no Masp. Depois, presenciei o mesmo no Museu do Louvre, na França. Fiquei maravilhado com esta forma de transmitir cultura aos garotos. Assim veio a idéia de fazer as releituras utilizando os meus personagens. Então, fiz a primeira tela, a Mônica Lisa, que é a Mônica na pele da Monalisa de Leonardo da Vinci. Outra do início é a paródia da obra Rosa e Azul, de Renoir”, disse Maurício.
“Para a Mônica Lisa fiz três versões. Comecei devagar, estudando o traço das obras dos artistas que pretendia parodiar. Com as telas prontas, decorei meu estúdio. Todo mundo gostou, daí veio o estímulo para a exposição”, afirmou o desenhista.
Surgia assim o embrião de História em Quadrões, exposição com 47 pinturas em tinta acrílica sobre tela e uma escultura do Cebolinha como O Pensador de Rodin.
Na região
– No último dia 14, o desenhista esteve em São Bernardo, onde ministrou palestra no Teatro Elis Regina para professores da rede municipal de educação infantil e de ensino fundamental.
A Secretaria de Educação e Cultura da cidade adquiriu 150 exemplares do livro História em Quadrões que serão distribuídos às escolas e utilizados em sala de aula. “A Prefeitura de São Bernardo foi a primeira a tomar esse tipo de iniciativa quanto ao livro”, disse.
Sábado – Das 15h às 17h deste sábado, Maurício estará na Livraria da Vila (r. Fradique Coutinho, 915, São Paulo) autografando o livro Drogas – Uma História que Precisa Ter Fim, lançado na Bienal do Livro e que traz a Turma da Mônica abordando a preocupante questão do uso de drogas por crianças e adolescentes. Na última quarta-feira, o desenhista foi homenageado pelo presidente da República Fernando Henrique Cardoso na abertura da Semana Nacional Anti-Drogas.
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