Coordenador regional do PT no Grande ABC e ex-prefeiturável de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira cogita possibilidade de deixar o partido após perder pela segunda vez a corrida eleitoral pelo Paço para o atual prefeito, Gabriel Maranhão (PSDB), mas afirmou que não sairá da vida política.

“Continuo na vida política porque tivemos quase 40% do eleitorado. Derrotado é aquele que desiste. É muito cedo para ter qualquer posicionamento (sobre permanecer ou não no PT). Temos de fazer uma reflexão juntos, com todos os companheiros, e avaliar”, afirmou, evasivo.

O petista ficou atrás de Maranhão pela segunda eleição municipal consecutiva, agora com 33,51% dos votos válidos, equivalentes a 8.166 adesões. Há quatro anos, com apoio de peso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Claudinho teve um desempenho melhor, com 37,04%, 1.288 eleitores a mais do que neste ano.

Sem admitir equívocos na campanha, o ex-postulante culpou a crise na sigla pela derrota em Rio Grande.

“Acredito que tivemos campanha dura, difícil, uma dificuldade partidária em nível nacional. Poderíamos ter vencido, mas não deu. Agora vamos continuar lutando, acreditando que é possível. Fizemos uma bela campanha. Fiz o que eu pude fazer, não acho que erramos em alguma coisa. Colocamos nosso plano de governo para o povo, mas a política está desgastada. Precisamos fortalecer mais a presença nos bairros. Acho muito cedo para colocar que foi só o PT que nos atrapalhou. Além disso, acho que precisávamos de mais candidatos ao Legislativo nas regiões para que as pessoas se sentissem mais representadas e tivéssemos mais adesões”, disse.

Apesar de ser coordenador regional do partido, o petista também evitou falar sobre o cenário do Grande ABC, onde a sigla perdeu em três cidades no primeiro turno e corre o risco de sair novamente derrotada na segunda rodada em Mauá, com o atual prefeito, Donisete Braga (PT), e em Santo André, com o também candidato à reeleição, Carlos Grana (PT). “A democracia é isso. Ganha-se, perde-se, fortalece-se. Acho que é isso que a gente defende. Não podemos ganhar todas.”