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Incêndio rouba a cena em vitória do São Caetano na Superliga

Chama em reator de lâmpada paralisa duelo contra Bauru no Ginásio Milton Feijão

Felipe Simões
02/02/2016 | 07:30
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Ricardo Trida/DGABC


A vitória do São Cristóvão Saúde/São Caetano, de virada, por 3 sets a 2 (25/27, 20/25, 25/12, 25/14 e 15/8), nesta segunda-feira, sobre o Concilig/Vôlei Bauru, no Ginásio Milton Feijão, pela Superliga Feminina de Vôlei, foi ofuscada por um incidente que paralisou a partida por 30 minutos – um incêndio, ainda no primeiro set.

Segundo o secretário de Esporte e Turismo de São Caetano, Severo Neto, o fogo foi causado por conta do superaquecimento do reator de uma lâmpadas. Um homem apelidado Sertão – a Prefeitura não soube dizer se ele era funcionário público – foi o responsável pela extinção da chama. Ele subiu na estrutura sem equipamentos de segurança, manejou extintor e lançou o jato de pó químico. Carro do Corpo de Bombeiros foi deslocado, mas um dos oficiais constatou que o fogo estava extinto e deixou o local.

“Quem apagou não foi bombeiro, foi algum civil. O rapaz estava de chinelo”, narrou o preparador físico mauaense Wesley Matos, 41 anos.

Severo Neto admitiu que não havia nenhum bombeiro no momento do incêndio e afirmou que uma vistoria será feita. “Vamos verificar para não ter mais esse problema”, disse ele, ao garantir que o ginásio possui todos os laudos, inclusive o AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros). O secretário destacou a existência de projeto para a instalação de lâmpadas LED no ginásio, previsto para 2016.

Antônio Carlos Maio, delegado da partida, informou que relataria o incidente à CBV (Confederação Brasileira de Voleibol), que determinaria eventuais punições à equipe.

Em dezembro, o Diário mostrou que o teto do ginásio estava em situação precária, sem proteções de madeira que compõem a esquadrias sobre a quadra.


Técnicos e atletas lamentam fogo, mas já veem com naturalidade

A paralisação do duelo entre São Caetano e Bauru foi malvista por técnicos e atletas. Segundo Marcos Kwiek, treinador das visitantes, a situação nada mais é do que reflexo da situação do País.

“São coisas que ninguém quer que aconteça. É parte do que vivemos no País, falta de estrutura. Nos preocupamos com coisas menos importantes e deixamos o importante de lado”, desabafou ele. “Atrapalhou os dois lados.”

“Não foi por isso que perdemos”, avaliou a oposta Bruna Honório, do Bauru. “Já aconteceu de jogos ficarem parados um tempão por falta de luz. É natural, acontece”, afirmou.

“Deu uma parada, uma quebrada (no ritmo). Essas intercorrências acontecem. Já tivemos parada por chuva e queda de luz”, afirmou o técnico Hairton Cabral, do São Caetano. FS 




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