Setecidades Titulo Fundação Casa
Presidente quer mais atividades aos jovens

Responsável pela Fundação Casa fez ontem a
primeira visita às unidades de internação da região

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
23/08/2017 | 07:00
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Denis Maciel/DGABC


Em visita à região ontem, o secretário da Justiça e Defesa da Cidadania do Estado e presidente da Fundação Casa, Márcio Elias Rosa, ressaltou a necessidade de aumentar as atividades oferecidas aos adolescentes que cumprem medida socioeducativa de internação nas unidades do Grande ABC. “O que a gente tem de fazer é se reinventar sempre para ser mais atraente para o adolescente do que qualquer outra coisa que ele possa ter encontrado lá fora e que o trouxe até aqui.” A declaração foi feita na primeira visita de Rosa, que está à frente da instituição desde julho, aos centros da região. Ele passou pelas unidades de Diadema, de São Bernardo e de Santo André.

“Precisamos ter capacidade técnica suficiente para que o jovem se sinta atraído por atividades lúdicas, pedagógicas. Por exemplo, hoje (ontem) as unidades estão envolvidas com o torneio de futsal. Em todas que visitei, (os adolescentes) estão treinando, montando times. Amanhã podem ser outros tipos de disputa, um concurso literário, por exemplo. Temos de ter cardápio grande para mostrar para o adolescente que somos atraentes para ele desenvolver o aprendizado”, afirmou.

Segundo o secretário, isso pode ser feito, principalmente, por meio de parcerias com associações e entidades. Também está em desenvolvimento pela Fundação Casa um projeto para melhorar a interlocução com a sociedade civil. “É fundamental que a população se apodere da unidade, para que a rede toda possa atuar conjuntamente. Não faz sentido que essas associações se mantenham distantes, tem espaço para eles aqui e nós queremos ter esse tipo de diálogo”, afirmou.

Ele também destacou o fato de nenhuma das unidades estar com superlotação. A capacidade é de 64 jovens para cada espaço. “Essa visita se destina a conhecer a realidade e definir as prioridades, ouvindo os colaboradores e diretores de unidades, por exemplo. Satisfeito a gente está, mas é sempre possível investir mais, fazer mais e fazer melhor.”, afirmou.

 

SEMILIBERDADE

A única unidade de semiliberdade da Fundação da região está localizada em São Bernardo e opera no limite da capacidade, com 20 jovens. A medida alternativa prevê que durante o dia, sob monitoramento, os adolescentes frequentem o ensino formal. O presidente da instituição afirmou que inicialmente não há previsão para expansão deste tipo de unidade, mas não descartou a hipótese. “Para isso, precisamos de apoio do Judiciário e das prefeituras.”

Rosa também destacou a possibilidade de criação de mais unidades de atendimento ao jovem infrator, como o NAI (Núcleo de Atendimento Integrado), que seria o primeiro da região. “Para ser montado depende de parceria com o município. Mas é um diálogo que ainda vou iniciar. O NAI é a porta de entrada, faz uma avaliação e atendimento inicial do jovem antes de seguir para as unidades. Isso somente funciona com apoios do Ministério Público e do Judiciário e se a Prefeitura topar, porque até a liberdade assistida pode estar associada a esse núcleo. É uma boa ideia, mas para o futuro”, adiantou.




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