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Braskem tem fortes vendas em S.Paulo
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
04/11/2009 | 07:00
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Divulgação


Maior companhia petroquímica do Brasil, a Braskem tem parcela significativa de suas vendas de resinas plásticas direcionada a clientes de São Paulo. Do total comercializado de PVC pela empresa no mercado nacional, 50% vai para empresas paulistas; do PP (polipropileno), 42% é vendido no Estado; e 34% do PE (polietileno) da empresa tem mesmo destino.

A força do mercado estadual é mais um fator que justifica o interesse da empresa em adquirir a concorrente Quattor, a segunda maior do País e com bases fincadas no Grande ABC - seu complexo fabril na região fica no Pólo Petroquímico de Capuava (as antigas Petroquímica União, Polietilenos União e Suzano Petroquímica).

Apesar da liderança nacional na produção de resinas, a Braskem tem suas principais operações fora da região Sudeste - em Camaçari (BA) e em Triunfo (RS).

A empresa continua com negociações em andamento (mantidas em sigilo) para uma aliança estratégica com o grupo rival, além de também estar de olho em aquisições no Exterior.

Os planos de expansão, por meio da compra de outras empresas ou parcerias, são agressivos. "Nosso objetivo é crescer e ser líder nas Américas", afirmou o presidente da petroquímica, Bernardo Grandin.

O executivo revelou que estão sendo avaliadas oportunidades nos Estados Unidos; há projeto em andamento, orçado em US$ 1,2 bilhão, na Venezuela, em conjunto com a PQVEN (subsidiária da estatal PDVSA); negócios em andamento com a Pemex, no México, e estudos para ingressar no Peru.

LUCRO - Com a ajuda da variação cambial sobre o saldo da dívida em dólares, a Braskem conseguiu sair do prejuízo de R$ 319 milhões nos primeiros nove meses de 2008 para lucro líquido de R$ 1,8 bilhão no mesmo período deste ano.

Não foi só o câmbio que favoreceu os resultados. O aumento da demanda no mercado nacional contribuiu para a forte evolução no terceiro trimestre, com elevação da receita líquida em 10% frente ao trimestre anterior.

Nos nove primeiros meses do ano, as vendas ainda estão (em reais) 23% inferiores (somaram R$ 10,99 bilhões) às do mesmo período do ano passado.

Mesmo com faturamento menor, a companhia registrou Ebitda (em inglês, lucro antes dos juros, impostos, depreciações e amortizações) apenas 2% menor (caiu para R$ 1,861 bilhão), na mesma comparação. Grandin destaca que isso se deve ao foco em redução de custos e aumento de rentabilidade.




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