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'Dream Team' do Corinthians tem receita de R$45 milhões
Das Agências
01/12/2004 | 11:10
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Depois de assinar na madrugada desta terça o contrato de aquisição do atacante Carlos Tevez e devolver o documento por fax ao Boca Juniors, o presidente do Corinthians, Alberto Dualib, começou a fazer planos para montar um Dream Team no Parque São Jorge. E dinheiro não será problema. Segundo o dirigente, a MSI (Media Sports Investiment) está disposta a gastar mais R$ 45 milhões em reforços.

"Nada mal. Começamos com uma paulada de R$ 100 milhões (US$ 20 milhões do passe e mais US$ 10 milhões por cinco anos para o jogador) com a compra do Tevez. Quem é capaz de fazer isso hoje no futebol brasileiro?", disse Dualib.

A confiança do presidente é tanta que ele cita a contratação de Tevez como o primeiro passo para o Corinthians ganhar projeção internacional. "Ninguém acreditava que um time brasileiro pudesse chegar na frente deles (europeus). Foi o que nós fizemos, apresentando uma proposta concreta, por escrito. E os europeus ficaram falando sozinho. Dessa forma, essa contratação tornou o Corinthians conhecido em todo o mundo. O clube teve dois grandes momentos internacionais. O primeiro foi quando conquistou o Mundial de Clubes da Fifa, em 2000. O segundo foi agora, com a vinda de Tevez. Os dois na minha gestão. Agora quero ganhar a Libertadores da América", disse.

Mesmo diante da disposição da MSI em investir pesado no Corinthians, Dualib preferiu não citar nomes de prováveis reforços, mas quer mais um estrageiro para jogar ao lado de Tevez. "Nessa altura acho perigoso fazer muita especulação. Agora que estamos com dinheiro todo mundo está dizendo que foi convidado. Já falaram do França, por exemplo. Então vou dizer uma coisa: eu sou contra repatriar jogador. Se for para contratar um brasileiro, acho que temos muitos jogadores bons aqui mesmo no Brasil. Se for para trazer de fora, prefiro um estrangeiro", afirmou.

O companheiro de Tevez no ataque, no entanto, não deve ser Lisandro López, artilheiro do Campeonato Argentino. A negociação entre o Racing, clube do jogador, e Kia Joorabchian, presidente da MSI, foi desmentida nesta terça pelo empresário do atleta, Fernando Marín, em entrevista ao diário Clarín. "Tudo o que está sendo dito é mentira, a mim não chegou nada", disse. Porém, o agente não negou a possibilidade de o jogador sair do Argentina em janeiro. "Lisandro é instranferível até o final do ano. A partir daí vamos estudar ofertas, mas todavia não há nada. Nada me chegou do Corinthians e nenhum outro lado", afirmou.

Oposição - O grupo que estava contra a parceria do Corinthians com MSI rachou. Boa parte dos magistrados que apoiavam uma ação na Justiça contra a assinatura do contrato com a empresa do iraniano Kia Joorabchian se nega a assinar a petição inicial. Mesmo assim, nesta quarta, o advogado Wilson Canhedo entrará sozinho com pedido de medida cautelar no Fórum do Tatuapé para a realização de nova assembléia do Conselho Deliberativo para votar a parceria.

O desembargador Celso Limongi, até a semana passada um dos líderes do movimento, anunciou oficialmente que está fora da briga. "Ainda sou contra, mas estou sentindo que houve um esvaziamento entre o grupo que estava contra. Se colocarem em votação a parceria, ela será aprovada com sobras", atesta.

Um jogo político fez alguns juízes de Direito e desembargadores se afastarem do movimento da oposição, mesmo sendo contra a parceria. Alguns vincularam a sua assinatura ao apoio do vice-presidente de Futebol do clube, Antonio Roque Citadini.




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