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Golpe do cartório é aplicado na região
Felipe Rodrigues
Do Diário do Grande ABC
24/05/2010 | 07:00
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Uma quadrilha de estelionatários está utilizando os cartórios de títulos de São Paulo para aplicar golpes em moradores e também nas empresas do Grande ABC.
Os criminosos fazem o primeiro contato por telefone com a possível vítima. Eles se identificam como funcionários de uma suposta empresa de cobrança.

A ação inicia quando os golpistas informam que a vítima possui títulos de cobrança em aberto e que precisam ser pagos no mesmo dia, em poucas horas.

Para isso, a vítima tem que comparecer em um cartório de São Paulo. Caso não ocorra o pagamento, a pessoa ou a empresa terá seu nome protestado e corre o risco de ter seus bens penhorados caso a situação não seja regularizada.

Os valores cobrados pelos estelionatários giram em torno de R$ 1.000, podendo ultrapassar R$ 2.000. Os criminosos oferecem também a opção de parcelamento da dívida, porém ao menos uma parcela precisa ser paga no dia em que a pessoa foi acionada pelos golpistas.

A tentativa de aplicar o golpe ocorreu na sexta-feira com uma microempresária de 38 anos, que possui uma agência de turismo há sete anos em São Caetano.

Segundo a empresária que quase sofreu o golpe, nos primeiros cinco minutos de conversa com o golpista passou pela sua cabeça que poderia haver um débito, mas depois notou a insegurança do criminoso e viu que era um trote."É uma situação em que, se a gente não tiver jogo de cintura, a chance de cair no golpe é grande", ressaltou.


Golpistas usam telefone como arma

O telefone continua sendo uma das armas dos criminosos para provocar medo e tirar vantagem de suas vítimas.

Na ação mais recente na região, um bandido ligou para um morador se passando por policial e alegou que vinha recebendo ameaças vindas daquele número de telefone. Em alguns casos, o criminoso se identifica como delegado.

O golpista exige que a vítima entre em contato com a empresa de telefonia para solicitar o conserto na linha. O morador precisa ainda dar retorno ao suposto policial, confirmando que fez o pedido.

No dia seguinte, o criminoso aparece disfarçado de técnico da empresa contatada no dia anterior pela vítima e consegue acesso livre à casa para cometer o assalto.

Outro golpe muito utilizado por bandidos de facções criminosas são os "falsos sequestros", em que uma suposta vítima é colocada ao telefone fingindo ser um familiar em desespero e pedindo socorro.

Do outro lado da linha, muitas vezes, a vítima acaba por acreditar de que se trata de uma situação verdadeira que está ocorrendo com algum familiar e acaba pagando o resgate.




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