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Mudança no horário apimenta 'Chamas da Vida'
Da TV Press
03/07/2008 | 07:05
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Com um quartel de bombeiros em frente a sua casa, no Rio de Janeiro, Cristianne Fridman cresceu admirando os soldados do fogo. E foi essa a inspiração para Chamas da Vida, sua primeira novela, que estréia na próxima terça (8), na Record, às 22h. A autora encontrou no ambiente agitado da corporação o cenário que julga perfeito para o início de sua história. "Muito mais importante do que a coragem e os atos heróicos, a generosidade desses profissionais vai movimentar a história. Vamos falar de solidariedade e de valorização da vida", filosofa. Para sustentar os atuais 19 pontos de média que Amor e Intrigas, de Gisele Joras, mantém na faixa das 22h, Cristianne conta com alguns recursos que pretende revelar, aos poucos, no ar. "Quando escrevi a sinopse, achava que seria exibida às 20h. Com a mudança para mais tarde, posso carregar em temas mais densos e adultos. Quero usar isso a meu favor", adianta.

Em Chamas da Vida você fala de bombeiros, ecstasy e até pedofilia. De onde surgiram esses temas?

CRISTIANNE FRIDMAN - Não gosto de temas que se impõem aos personagens. Quando imaginei a sinopse, eu tinha um protagonista bombeiro, portanto, nada mais natural que ter um quartel. Percebi também que tinha um núcleo que vive num ferro-velho e um desses personagens organiza raves. Daí a inserção de informações sobre drogas sintéticas. Acho que o tempo de hoje é diferente, a gente tem de ousar mais e ter agilidade contando as histórias. Mas não escolhi temas e comecei a trabalhar os personagens em cima deles. Eu criei personagens e, a partir deles, os temas começaram a surgir. Acho que a escolha de Tinguá como pano de fundo para a novela também favoreceu o aparecimento de vários assuntos.

Por que você escolheu Tinguá?

CRISTIANNE - Escrevi uma sinopse para às 20h e buscava elementos que deixassem o clima leve no texto. Para isso, senti que precisava correr para um local no interior ou criar uma daquelas vizinhanças felizes que hoje em dia não são tão comuns nas grandes cidades. Aí veio Tinguá, que tem um clima de cidade de interior mas, na verdade, é Baixada Fluminense. Fica perto do Rio, é viável nas seqüências. Dá trabalho para a equipe, porque é longe e temos muitas externas lá, porém compensa. A reserva ambiental nos possibilita falar de ecologia e de outros assuntos que vão dar uma respirada nos conflitos dos protagonistas. Além de propiciar um excelente cenário para aventuras.

O Tiago Santiago, consultor de teledramaturgia da Record, já declarou que as cenas de ação devem estar presentes em todas as histórias da emissora. Isso impulsionou a criação de um protagonista bombeiro?

CRISTIANNE - Nós, autores, somos diferentes. Cada um tem um estilo de escrever. Não concordo que a Record precisa de novelas com ação, seqüestros, tiroteios ou perseguições para fazer sucesso. O que é necessário é ter uma história boa e saber contá-la.

Mas você usa várias cenas de ação na sua história...

CRISTIANNE - A partir do momento em que você tem uma boa história, é um diferencial ter agilidade na hora de contá-la. Muito mais importante do que seqüências de ação é conseguir dar uma velocidade diferente às tramas. Por acaso tenho um protagonista que é bombeiro, mas não existem regras na emissora. Até porque o jeito de se fazer TV está mudando. Não há mais espaço para velhas fórmulas. Até Janete Claire teria um estilo diferente hoje em dia. A gente corre atrás do tempo o tempo todo.

A mudança para as 22h alterou alguma coisa no seu texto?

CRISTIANNE - Sim. Não mexi na sinopse, mas pude privilegiar certas características de alguns personagens. Todo mundo tem aspectos mais densos, mas não trabalharia isso em uma novela das oito. Às 22h posso pesar a mão em alguns detalhes. Tenho muita gente sensual no elenco. Logo, posso usar isso a meu favor.




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