Qual político não gostaria de, após vencer as eleições e descansar alguns dias fora do Estado, voltar e ser recebido pela militância em polvorosa? Foi quase isso que aconteceu com Paulo Pinheiro (PMDB), que retornou na segunda-feira da Bahia, sua terra-natal. Foi seu segundo período de folga depois de ser eleito prefeito de São Caetano, em 7 de outubro. Na chegada a São Paulo, no aeroporto de Guarulhos, o peemedebista se deparou com recepção de 15 mil pessoas. Mas não eram correligionários nem integrantes do grupo político que o levou ao comando do Palácio da Cerâmica, a partir de janeiro. Eram milhares de fiéis corintianos que se despediam do time que disputará o mundial de clubes no Japão. Ao ver a multidão, se animou. Mas viu que tratavam-se de fanáticos alvinegros envolvidos com futebol. Nada a ver com seu tricolor paulista. Menos ainda com política. Mas ficou a experiência de um dia ser ovacionado por milhares de seguidores após a realização de um bom trabalho e voltar de período de descanso. Fica o gostinho de quero mais, prefeito!

Quem, heim?

O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), recebeu ontem em seu gabinete a cantora Maria Christina, participante do programa The Voice Brasil, da TV Globo. A tacada é a seguinte: se a artista, nascida na cidade, vencer o concurso, o petista sai na frente e pode levantar a plaquinha "eu já sabia!" Se a cantora ficar pelo caminho, Marinho já se aproveitou do espaço conquistado pela filha do município. É aquela antiga mania de político de tirar vantagem de tudo. Até as coisas mais singelas e menos importantes. Nesse aspecto, convenhamos, o chefe do Executivo faz muito bem. Vide sua extensa agenda diária. E isso porque a campanha eleitoral já terminou e ele foi reeleito.

Companheiro?

O vereador de São Caetano Edgar Nóbrega ficou feliz com o colega de Câmara Cabo Dias (PV), que, na sessão de terça-feira, o acompanhou em voto contrário ao aumento de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) e a favor de sua emenda, para que 50% da arrecadação da taxa de lixo fosse destinada à coleta seletiva. O petista comemorou a atitude do verde. Mas três notícias ruins logo colocaram água fria na euforia de Edgar: a majoração no imposto foi aprovada, sua emenda rejeitada e foi lembrado de que tanto ele quanto Dias não estarão na Casa na próxima legislatura. É a realidade.