Apesar de grande expectativa dos prefeitos por maior flexibilização, Grande ABC deve ser mantido na faixa laranja
O governador João Doria (PSDB) vai anunciar hoje, a partir das 12h, em coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes, a reclassificação ou a manutenção das regiões do Estado no Plano São Paulo, que prevê a flexibilização gradual da quarentena. A expectativa dos sete prefeitos e do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC é a de que a região avance da Fase 2 (laranja) para a Fase 3 (amarela), que, além dos shoppings, concessionárias e do comércios em geral, permite abrir também bares e restaurantes, mas com algumas restrições.
Apesar da alta expectativa, se mantiver os critérios utilizado nas últimas deliberações sobre o Plano São Paulo, o governo do Estado não deve mudar o Grande ABC de faixa. Isso porque a região regrediu em alguns itens, principalmente no que diz respeito ao total de casos confirmados, no qual estava na Fase 4 (verde) e deve ficar posicionada na Fase 1 (vermelha), a mais restritiva da relação (veja projeção na tabela abaixo).
A mudança negativa deve ser influenciada pelo pico apresentado por São Bernardo nesta semana no que diz respeito aos pacientes infectados. Apenas na terça-feira a cidade computou 2.455 novos casos confirmados, o que elevou consideravelmente a média das sete cidades. Para chegar à taxa de contaminação, de óbitos e de internações, o governo do Estado soma dados da semana atual e divide pelo resultado obtido nos sete dias anteriores.
Curiosamente, no que diz respeito às mortes, critério que foi o calcanhar de Aquiles da região na última atualização, houve evolução. Mesmo chegando à triste marca de 1.000 óbitos, alcançada na terça-feira, o acumulado desta semana aponta para 104 perdas, contra 105 nos sete dias anteriores.
Outro item importante levado em consideração pelo Estado é a ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), fundamental para pacientes com a Covid-19. Neste critério, na média geral, o Grande ABC manteve índices satisfatórios, na casa dos 65% de ocupação, apesar de que algumas cidades, como Mauá e Diadema, principalmente, convivem com drama de ter poucas vagas e recorrer aos municípios vizinhos.
É justamente o respiro das vagas de UTI que traz otimismo ao presidente do Consórcio Intermunicipal do Grande ABC e prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (Cidadania). “Expectativa de passar para a fase amarela é boa. O Grande ABC atende aos índices necessários para avançar. Possui rede de leitos de UTI que está em média de 65% de ocupação, manteve na fase laranja protocolos rígidos na reabertura (do comércio e serviços), evitando aumento expressivo no número de casos. Este conjunto de medidas favorece a região a avançar de fase”, avaliou Maranhão.
O chefe do colegiado acredita que o poder público tem feito sua parte no combate à pandemia na região e solicita a colaboração da população. “Os sete prefeitos estão fazendo a sua parte, trabalhando e não medindo esforços para melhorar a rede de saúde, realizando fiscalizações, mas a participação da população é fundamental. Sair de casa só quando for necessário para contribuir para o Grande ABC avançar no Plano São Paulo”, cobrou.
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