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Orlando Morando confia no efeito Kassab para reverter o eleitorado
Raphael Ramos
Do Diário do Grande ABC
11/10/2008 | 07:04
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O ‘efeito Kassab' é a nova aposta de Orlando Morando (PSDB) para reverter a diferença de 43.313 votos que teve para Luiz Marinho (PT) no primeiro turno em São Bernardo. O tucano acredita que a ascensão do prefeito Gilberto Kassab (DEM), na corrida pela reeleição na Capital, pode se propagar no Grande ABC e ajudá-lo a aumentar o eleitorado em relação à primeira rodada de votação.

Pesquisa Datafolha de intenção de voto, publicada na última quinta-feira, apontou que o democrata abriu 17 pontos sobre a petista Marta Suplicy (54% a 37%). No pleito do último domingo, Kassab obteve 33% dos votos válidos contra 32% da ex-prefeita.

"Antes, na nossa cidade, eram quatro adversários radicalmente fazendo oposição ao governo. Hoje, o jogo é mais justo. Temos apenas dois candidatos e o eleitor acaba fazendo uma nova reflexão. Isso está provado em São Paulo, onde a Marta está perdendo votos para o Kassab", declarou. "O efeito Kassab vai refletir em São Bernardo e isso traz uma nova expectativa à nossa candidatura."

Amanhã, com a volta do horário eleitoral gratuito dos candidatos da Capital na televisão e no rádio, Morando confia que a campanha entrará em uma nova fase, na qual ele poderá ser favorecido. "No primeiro turno, PSDB e DEM ficaram brigando entre si em São Paulo e o PT acabou passando para o segundo turno muito tranqüilo, sem que fossem lembradas as verdades sobre o partido. Com certeza, elas (verdades) serão ditas agora e isso irá nos ajudar", afirmou.

O tucano ainda cita a eleição do Rio de Janeiro, onde Fernando Gabeira (PV) ultrapassou Eduardo Paes (PMDB) na última pesquisa Datafolha, como exemplo de que a virada em São Bernardo é possível. "O candidato apoiado pelo PT, pelo presidente Lula e pelo governador (Sérgio Cabral Filho-PMDB) tomou uma invertida e já está em segundo lugar. Confio muito que isso também ocorrerá em nossa cidade."

PROVAS
Morando pediu ontem que Marinho fosse a público provar as acusações de que ele teria comprado o apoio de ex-candidatos a vereador de cinco siglas (PV, PRTB, PSC, PCdoB e PPS), que não seguiram as chapas majoritárias encabeçadas pelo petista e Alex Manente (PPS). "Se ele está se baseando pela forma que traz aliados, comprando gente, essa não é a maneira que recebemos apoios. Não compramos pessoas com cargo ou qualquer outra coisa", disse.

O prefeiturável ainda ironizou o fato de Marinho ter dito que a chapa governista havia preparado uma lista de mentiras para atacá-lo. Entre os boatos estariam supostas pensões alimentícias pagas pelo ex-ministro. "Não vejo nenhum problema alguém pagar duas pensões. Se ele está fazendo uma autoculpa, pode ficar despreocupado, pois trabalho no campo das idéias e no debate de propostas. Esse não é o tom de campanha que desejo."




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