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Telemedicina auxilia, em média, 44 munícipes por dia

Programa, lançado em março por S.Caetano, já recebeu 2.757 chamados; objetivo é impedir ida desnecessária aos centros médicos

Yasmin Assagra
Do Diário do Grande ABC
13/05/2020 | 00:01
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Criado em março, o serviço de telemedicina criado pela Prefeitura de São Caetano atende, em média, 44 pessoas por dia. O serviço tem como objetivo evitar idas desnecessárias de munícipes aos centros médicos, se expondo ao risco de contaminação pelo novo coronavírus. Até agora, já foram realizadas 2.757 chamadas entre orientações de enfermagem, orientações médicas e retornos de atendimentos.

O serviço atende demanda de várias especialidades e não apenas casos exclusivos da Covid-19. Mas a recomendação é utilizar a telemedicina apenas em casos de baixa complexidade, como dor de garganta, mal-estar, enjoo, febre baixa ou resfriado.

Após efetuar a ligação pelo número 0800 941 8543, o munícipe será atendido por equipe de enfermeiros e médicos, que farão triagem inicial do diagnóstico do paciente e podem recomendar o uso de medicamentos isentos de prescrições médicas, como dipirona ou aspirina, por exemplo. Em situações mais graves, os profissionais podem orientar que o paciente se dirija até uma UBS (Unidade Básica de Saúde).

O próprio serviço também pode acionar o 156, telefone do SOS Cidadão, central de atendimento emergencial na qual o morador consegue solicitar ambulância ou demais recursos, como bombeiros e polícia.

Por causa da alta demanda causada pelo novo coronavírus, o foco dos atendimentos foi reforçado para orientações sobre a Covid-19. Chamadas deste tipo foram as principais desde o lançamento do programa, totalizando 1.184 nos três meses de serviços, seguidas das orientações de enfermagem, com 944, e retorno das orientações de enfermagem, com 303 (confira tabela completa acima).

A secretária de Saúde de São Caetano, Regina Maura Zetone, detalha que as orientações médicas apresentaram número significativo e acredita que continuará na mesma proporção nas próximas semanas. “Tanto as orientações médicas quanto de enfermagem incluem informações sobre a Covid-19. Na enfermagem, as dúvidas incluem também outros esclarecimentos, de forma com que não precise encaminhar ao médico, como coriza, resfriados e até uso correto de máscaras de proteção”, detalha Regina Maura.

A secretária ainda reforça a eficiência dos serviços, pois, além de desafogar as unidades de saúde, o atendimento é rápido e objetivo. “Entre março e abril, por exemplo, segundo os dados que coletamos com o serviço, cerca de 1.177 pessoas não precisaram ir ao pronto-socorro, ou seja, os profissionais de saúde conseguiram auxiliar as pessoas por telefone, sem que tenham necessidade do deslocamento para as unidades de saúde”, avalia.

Ainda de acordo com Regina Maura, os serviços complementam as demais medidas já adotadas pelo município no combate do novo coronavírus, como, por exemplo, o Disk Coronavírus, que propõe delivery de exames para identificar pacientes infectados com a Covid-19.

“Acredito que as ações se complementam, pois a telemedicina é um serviço para sanar as dúvidas e orientações para, assim, indicar ao paciente a melhor opção de tratamento. Já o Disk Coronavírus é uma eventualidade, onde o munícipe deve preencher o formulário e receber o contato com os profissionais para acompanhamento”, finaliza a secretária.

O serviço de telemedicina é terceirizado e custa em torno de R$ 1,3 milhão por ano aos cofres municipais. 




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